A convivência com pet melhora a saúde em diferentes fases da vida, desde o desenvolvimento da criança até a prevenção da demência em idosos
Quem tem um animal de estimação sabe o quanto é gratificante chegar em casa e encontrar o bichinho depois de um longo dia. Os pets provocam um efeito profundo na saúde física e mental nas diferentes fases da vida.
Estudos mostram que a convivência com animais pode aumentar a liberação de neurotransmissores relacionados ao prazer e bem-estar, como a dopamina e serotonina, assim como reduzir o cortisol. Os benefícios são diversos, como a redução da solidão, depressão, sintomas de ansiedade e o controle do estresse.
Médicos ouvidos pelo Metrópoles explicam os benefícios que os animais de estimação causam nas diferentes faixas etárias.
Benefícios de ter um pet
Crianças
Famílias que têm um animal de estimação em casa podem observar os benefícios no desenvolvimento físico e cognitivo da criança. A relação com um bichinho aumenta a empatia e o senso de responsabilidade à medida que a pessoa cresce, de acordo com o neurologista pediátrico Eduardo Jorge, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
“A criança aprende que precisa alimentar, cuidar, limpar a caixinha de areia, levar para passear, e isso vai ensinando responsabilidade”, afirma o médico.
Segundo Jorge, a liberação dos hormônios do prazer faz com que a criança tenha melhora no aprendizado, desenvolvimento cognitivo, padrão do sono e, eventualmente, algumas questões alimentares.
As pessoas com TDA desenvolvem a parte física quando precisam correr atrás de um cachorro, por exemplo, e criam rotina. “Ter rotinas é muito importante principalmente para crianças desatentas”, explica Jorge. As com TEA conseguem criar relacionamentos e desenvolver a empatia. “Às vezes, alguns autistas graves só saem de casa com um pet”, afirma.
Adultos
Estudos mostram que ter um gato ou cachorro também está associado a um bem-estar psicológico maior. Para as pessoas com depressão, interagir ou brincar com eles demonstrou reduzir os sintomas em um período de duas horas.
Idosos
Mas ter um animal de estimação pode fazer toda a diferença. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Sun Yat-sen, na China, mostra evidências de que as pessoas que moram sozinhas, mas vivem com animais de estimação, podem ter um declínio cognitivo mais lento à medida que envelhecem.
Além de fazer companhia, a presença de um bichinho pode mantê-los mais ativos fisicamente, falantes e conectados com os vizinhos durante os passeios. “É comprovado que a convivência com animais de estimação proporciona inúmeros benefícios à saúde dos tutores, e não é diferente com idosos”, afirma a geriatra Gabrielle Beltrão, do Hospital Brasília Águas Claras.
“O ato de levar o animal para passear também aumenta a mobilidade e o nível de atividade física, além de ser um aliado à socialização, já que exige que o idoso saia de casa”, explica a médica.
Crédito: Bethânia Nunes / Metrópoles – @ disponível na internet 6/11/2024
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