Impacto dos reajustes de planos de saúde no orçamento dos servidores federais

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Os reajustes nos planos de saúde coletivos têm colocado uma pressão financeira significativa sobre os servidores públicos federais, cujos salários não acompanham os índices de reajuste praticados pelas operadoras.

Uma análise do BTG Pactual, baseada em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revela aumentos expressivos nos contratos coletivos, especialmente na Amil, que liderou os reajustes com alta média de 19,9% no último trimestre de 2024.

A média de aumento no setor foi de 13,2%, com outras operadoras também registrando índices elevados: Bradesco (17,6%), SulAmerica (16,6%) e Unimed Nacional (16%).

Apenas a Hapvida apresentou reajustes abaixo da média, com 11,7% no trimestre. Ainda assim, esses percentuais representam um fardo adicional para servidores que têm enfrentado anos de estagnação salarial.

Enquanto os preços dos serviços básicos, como saúde e transporte, aumentam significativamente, os servidores federais permanecem sem reajustes que reflitam esses índices.

Essa defasagem entre os reajustes salariais e os custos crescentes torna impraticável a manutenção de benefícios essenciais como os planos de saúde, levando muitos a optarem por alternativas mais econômicas, mas que frequentemente oferecem menor cobertura e qualidade.

Sérgio Ballerini é
Analista Executivo em Metrologia e Qualidade /Servidor Aposentado e atual secretáro geral do ASMETRO-SI

O cenário evidencia a necessidade urgente de uma política salarial que contemple os servidores públicos de forma justa e que acompanhe a inflação e os reajustes nos serviços essenciais.

O custo crescente dos planos de saúde não é apenas uma questão individual, mas também afeta a saúde pública, à medida que mais pessoas podem ser obrigadas a depender exclusivamente do SUS em um momento de alta demanda.

Urge que o governo federal adote medidas para equilibrar essa disparidade, protegendo o poder aquisitivo dos servidores e garantindo sua capacidade de acesso a serviços essenciais de qualidade.

Sérgio Ballerini 10/1/2025

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