A sigla de Kassab comanda os ministérios de Minas e Energia, Agricultura e Pesca, mas deseja apenas trocar a Pesca pelo Turismo.
Por outro lado, o PSD também tem ligações com o grupo do principal adversário de Lula: Jair Bolsonaro (PL). O próprio Kassab faz parte do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), ex-ministro de Bolsonaro. Já o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD) vem sendo indicado como um possível nome presente em chapa abençoada pelo ex-presidente para 2026, caso o próprio Bolsonaro não volte a ficar elegível.
Dança
A expectativa é de que a reforma ministerial aconteça logo após a eleição para as mesas diretoras da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro. A dança das cadeiras também deverá impactar a votação do Orçamento de 2025
O Congresso Nacional encerrou o trabalho legislativo de 2024 sem votar o Orçamento para este ano. No entanto, o debate em torno do tema também estaria sendo condicionado à reforma ministerial, que poderia ajudar na aprovação da proposta de uma forma mais célere.
Crédito: Maria Eduarda Portela / Metrópoles – @ disponível na internet 25/1/2025
Com reforma ministerial à vista, Padilha almoça com Hugo Motta
Ministro das Relações Institucionais iniciou conversas sobre as mudanças. Ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, do PP, participou do encontro
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo Lula, almoçou na terça-feira (21/1) com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para presidir a Câmara dos Deputados a partir de 1º de fevereiro. O encontro ocorre em um momento de debates e conversas sobre reforma ministerial.
O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do deputado licenciado Ricardo Barros (PP-PR). Barros é ex-ministro da Saúde da gestão Temer e atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná. O político é um nome forte do PP.
- Lula vem manifestando a aliados o desejo de fazer alterações no comando de alguns ministérios;
- As mudanças buscam melhorar a articulação junto ao Congresso para acelerar a aprovação de pautas prioritárias;
- Atualmente, o governo conta com nomes do MDB, PSD, Republicanos, PP e União, além do PT no comando de ministérios;
- A reforma ministerial deve ser concretizada depois da eleição da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro;
- Até a reforma ser feita, Padilha ainda deve conversar com outros políticos sobre cenários possíveis de mudanças na atual Esplanada.
O detalhe da agenda entre os três políticos não foi revelado. Mas Motta passou os últimos meses negociando com todos os partidos que o apoiam e sabe as reclamações dos parlamentares sobre o Executivo.
Republicanos e PP, que estavam representados na reunião por Motta e Barros, respectivamente, têm um ministério cada um no atual quadro dos ministros de Lula.
Apesar disso, na prática, a margem de apoio ao governo de ambas as siglas melhorou depois de terem um nome com cargo de alto escalão no Executivo.
Crédito: Gabriel Buss / Metrópoles – @ disponível na internet 25/1/2025
E assim o governo Lula vai se descaracterizando. Aos poucos está se enredando nas teias da direita, e se não reagir terminará escravo da Faria Lima e do agronegócio.