Sistema Unimed receberá um aporte obrigatório de R$ 1 bilhão, com objetivo de fortalecer o balanço da cooperativa após anos de prejuízos

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Como o aporte de R$ 1 bilhão na Unimed Nacional pode afetar Hapvida e Rede D’or?20

A maior cooperativa médica do Brasil, a Unimed Nacional (CNU), receberá um aporte obrigatório de R$ 1 bilhão, com objetivo de fortalecer o balanço da cooperativa após anos de prejuízos, segundo informações do jornal Valor publicadas nesta semana. A CNU possui 2 milhões de beneficiários de planos de saúde, aproximadamente 10% do total do Sistema Unimed.

O valor do aporte representa aproximadamente 10% das reservas técnicas das cooperativas regionais, e a capitalização está condicionada à substituição da equipe de gestão da CNU até o 1T25.

A equipe de análise do Goldman Sachs avalia que há uma pequena possibilidade de que esse movimento adie, a curto prazo, o ganho de participação de mercado da Hapvida (HAPV3), devido à sobreposição operacional em algumas regiões, como São Paulo, onde a Unimed Nacional tem perdido participação de mercado nos últimos 12 meses.

Em paralelo, o banco classifica como positiva a estratégia da Rede D’Or (RDOR3) de reduzir a exposição a certas cooperativas médicas (mais recentemente à Unimed Ferj), o que melhora a coleta de caixa e os retornos.

Para o sistema Unimed, segundo Goldman Sachs, o movimento evidencia os desafios estruturais enfrentados pelas cooperativas médicas, como o desalinhamento entre os interesses dos médicos e das cooperativas, o que tem se traduzido em baixa rentabilidade para a maioria dos participantes desse mercado. Exceções notáveis incluem cooperativas como Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, que se beneficiam de uma gestão profissional.

Embora esse aporte de capital possa melhorar o posicionamento competitivo da CNU, proporcionando alívio e maior flexibilidade comercial, os analistas acreditam que seus efeitos possam ser limitados, sendo necessárias mudanças estruturais para reverter o cenário de baixa rentabilidade da entidade.

Além disso, o Goldman Sachs disse que vai monitorar como essa capitalização pode impactar as Unimeds regionais, especialmente aquelas com condições financeiras mais frágeis, como a Unimed Ferj e a Unimed Goiânia.

Crédito: Felipe Moreira/InfoMoney – @ disponível na interenet 27/1/2025

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