Condsef reforça urgência em negociação sobre aumento da contrapartida nos planos de saúde
A partir de fevereiro a Geap aumenta em 8,9% o valor dos planos de saúde. O plano de autogestão, que atende a maioria dos servidores do Executivo Federal, promoveu reajustes nos últimos anos que comprometeram até mesmo a permanência de muitos servidores que optaram por não serem mais assistidos pelo plano.
Diversos fatores já provocaram uma evasão de mais de 300 mil servidores e seus dependentes de planos de saúde. Essa é uma média feita a partir do levantamento de entidades filiadas à Condsef/Fenadsef que acompanham esses dados.
Em um cenário de sucessivos reajustes aplicados nos últimos anos, incluindo alguns considerados abusivos, mudança de faixa etária, somado ao contexto de perdas salariais acumuladas com seis anos sem recomposição salarial, a permanência na Geap tem se tornado um verdadeiro desafio.
O percentual anunciado coincide com o valor de reajuste negociado para as maiores carreiras do Executivo – PGPE, CPST e planos correlatos – de 9% a partir de janeiro deste ano. Importante descatar que, enquanto a lei orçamentária (LOA 2025) não for votada, os servidores não recebem o valor em seus contracheques. Desse modo, o impacto da saúde no orçamento dos servidores vai se tornar ainda mais pesaroso a partir de fevereiro.
A medida deve afetar especialmente servidores com mais de 59 anos, que são maioria. Essa faixa etária já havia sido penalizada com um percentual superior no último reajuste. Há uma preocupação especial com aposentados e pensionistas que, até mesmo pela idade, precisam e utilizam bastante o plano.
Aumento na contrapartida dos planos de saúde é pauta prioritária
Para buscar avanços nessa questão, o aumento na contrapartida dos planos de saúde segue sendo uma das pautas prioritárias e está entre as reivindicações na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) que deve ser entregue ao governo nessa sexta-feira, 31. Junto está a equiparação dos benefícios, como auxílio-alimentação e creche, com os Três Poderes.
Hoje, os servidores arcam com a maior parte dos valores pagos nos planos de saúde, podendo ultrapassar 80%, enquanto o governo arca com o restante. A proposta é para que, no mínimo, esse valor seja equiparado.
É importante que a categoria siga fortalecendo os debates e continue se informando. A história sempre nos mostrou que só com muita luta e mobilização é possível buscar e conquistar a valorização e o reconhecimento de nossos direitos.
Condsef/Fenadsef 30/1/202530