O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10) a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país.
A decisão afeta diretamente o Brasil, que é um dos principais fornecedores desses produtos para os EUA.
A decisão segue um movimento mais amplo de endurecimento da política comercial norte-americana. Na semana passada, Trump já havia imposto uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas e ameaçado Canadá e México com tarifas semelhantes.
O governo brasileiro ainda avalia quais medidas pode adotar em resposta. Nesta manhã, surgiram especulações de que o país poderia taxar empresas de tecnologia norte-americanas, como Google, Amazon e Meta, como retaliação.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a possibilidade nesta manhã.
“Não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil”, escreveu Haddad no X (antigo Twitter).
O ministro destacou que o governo só se manifestará com base em decisões concretas e não em anúncios que “podem ser mal interpretados ou revistos”.
Os EUA são o destino de 48% das exportações de aço do Brasil e 16% das de alumínio, totalizando US$ 5,7 bilhões em vendas para o mercado americano em 2024.
Antes da oficialização das tarifas, a Gerdau (GGBR4) operava em alta devido à sua forte presença nos EUA. Segundo o Bradesco BBI, a companhia pode se beneficiar da decisão, pois sua produção nos EUA reduz a exposição ao impacto tarifário. Já CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e CBA (CBAV3) enfrentavam volatilidade.
Crédito: Redação InfoMoney – @ disponível na internet 11/2/2025