A iniciativa foi criada especialmente para o Concurso Nacional Unificado (CNU). Diante do desafio de acolher tantos profissionais simultaneamente, o governo buscou uma solução baseada em dados para evitar alocações aleatórias e pouco eficazes.
Como funciona?
O sistema funciona da seguinte forma: no momento da posse, o servidor responde a um questionário digital, que é cruzado com seu currículo e com os perfis das vagas disponíveis, previamente mapeadas pelos 21 órgãos que receberão os aprovados no CPNU.
A partir dessas informações, o sistema gera o chamado RISA (Relatório Individual de Subsídio à Alocação) — um documento que sugere os locais onde aquele servidor pode render mais, se desenvolver melho.
“É um instrumento de apoio à decisão do gestor, que passa a contar com informações consistentes na hora de definir a lotação do servidor. Não é uma imposição, mas uma forma de respeitar o potencial de cada pessoa”, explica Janice Oliveira Godinho, coordenadora da SGP/MGI.
Inteligência artificial foi empregada
A novidade foi construída com apoio técnico de psicólogos da UnB e utiliza inteligência artificial para processar os dados. Todo o processo ocorre na plataforma Sigepe Oportunidades, dentro do sistema SOUGOV.
Segundo o MGI, a expectativa é que o Perfil Profissiográfico se torne um modelo a ser replicado em futuros concursos públicos. Ele já atraiu o interesse de outros órgãos e pode ser adotado em seleções futuras, como o CPNU 2.
“É deixar para trás a lógica de ‘tapar buracos’ e passar a valorizar o ser humano, colocando as pessoas nos lugares certos desde o início da jornada”, afirma Janice.
Crédito: Gustavo Silva / EXTRA – @ disponível na internet 2/5/2025