Os cães comunitários que vivem ou circulam em áreas abertas estão constantemente expostos a diversos riscos — e um deles é quase invisível, mas extremamente perigoso: a dirofilariose, também conhecida como verme do coração.

 

Trata-se de uma doença parasitária grave, causada pelo verme Dirofilaria immitis, que é transmitido pela picada de mosquitos infectados. Uma única picada pode iniciar a infecção. Os vermes se instalam no coração e nos vasos pulmonares dos cães, comprometendo gravemente a saúde do animal.

 

Como ocorre o contágio?

 

O ciclo começa quando um mosquito pica um cão infectado e, ao picar outro animal saudável, transmite as larvas do parasita. Após cerca de seis meses, essas larvas se transformam em vermes adultos, podendo atingir até 30 cm de comprimento, alojando-se no coração e artérias pulmonares.

 

Importante destacar: a dirofilariose não é contagiosa diretamente entre cães ou entre cães e humanos — apenas por meio da ação do mosquito.

 

Sintomas e progressão da doença

 

Nos estágios iniciais, a dirofilariose pode ser totalmente assintomática, dificultando o diagnóstico precoce. À medida que progride, o animal pode apresentar:

•Tosse crônica e cansaço ao fazer esforço

•Dificuldade respiratória

•Perda de peso e apetite

•Abdômen inchado (em casos avançados)

•Sinais de insuficiência cardíaca

 

Se não tratada, a dirofilariose pode ser fatal.

 

Diagnóstico e tratamento

 

O diagnóstico é feito com exames de sangue específicos, que detectam antígenos do parasita. É recomendado que cães expostos a áreas com presença de mosquitos (principalmente em regiões de clima tropical e subtropical) sejam testados anualmente.

 

O tratamento da dirofilariose é complexo, prolongado e de alto custo, pois envolve:

•Medicamentos para eliminar os vermes adultos e microfilárias

•Restrição de atividade física (para evitar embolias)

•Acompanhamento veterinário frequente

•Possível internação e suporte medicamentoso adicional

 

Além disso, cães diagnosticados devem ficar afastados de ambientes de risco, como áreas abertas com alto número de mosquitos.

 

O caso dos nossos protegidos: Black e Big

 

No projeto de proteção dos animais comunitários do campus, realizamos exames periódicos nos cães sob nossa responsabilidade. 

 

Além disso, de forma preventiva, eles tomam antiparasitários regularmente e alguns são mantidos com coleiras repelentes. Mas a prevenção não garante proteção 100%!

 

Há cerca de um ano e meio, um desses exames identificou a dirofilariose no Black, nosso lindo labralata querido por todos. De lá para cá, já foram 3 ciclos de tratamento e na revisão feita no início do mês ainda testou positivo.

 

Na semana passada, a Big, que é mais arisca e costuma circular por áreas de mata, também testou positivo.

 

Ambos foram retirados do campus e estão hospedados em lar temporário.

 

A permanência deles fora do campus é essencial para garantir o repouso necessário e minimizar os riscos associados ao tratamento.

 

 

Fontes consultadas: https://www.heartwormsociety.org  – https://portalvet.royalcanin. com.br/saude-e-nutricao/cardiologia/dirofilariose-em-caes-e-gatos/ e  https://www.patasdacasa.com.br

 

O tratamento da dirofilariose é custoso e demorado. Medicamentos, exames, consultas, hospedagem e transporte representam um desafio financeiro constante para nós, que atuamos com base em doações e trabalho voluntário.

 

Se você deseja colaborar com a recuperação do Black, da Big e de outros cães do campus, aceitamos doações via PIX: [email protected]

 

Qualquer valor faz a diferença. Com sua ajuda, podemos continuar garantindo saúde, dignidade e vida para nossos Protegidos!

 

Considere também oferecer lar temporário!

 

Além disso, você pode acessar as histórias e conquistas dos Protetores no site oficial do ASMETRO-SI: asmetro.org.br/portalsn/category/protetores-de-animais/.