Uma pesquisa da Quaest, em parceria com a PetLove, revela que 94% dos brasileiros têm ou já tiveram um animal de estimação. Com o crescimento dos apartamentos, agora o segundo tipo de moradia mais comum no país segundo o último Censo do IBGE, surge a questão: será que esses ambientes urbanos são saudáveis para criar pets?
Uma pesquisa da Quaest, em parceria com a PetLove, revela que 94% dos brasileiros têm ou já tiveram um animal de estimação. Com o crescimento dos apartamentos, agora o segundo tipo de moradia mais comum no país segundo o último Censo do IBGE, surge a questão: será que esses ambientes urbanos são saudáveis para criar pets?

Ambientes adaptados permitem que cães, gatos, coelhos e outros pets tenham bem-estar mesmo em espaços pequenos como apartamentos. Foto: stock.adobe.com
Muitas pessoas se preocupam com a presença de pets em espaços pequenos e sem quintais.
No entanto, muitos animais, convencionais ou exóticos, podem se adaptar bem a essa realidade, dependendo do porte e das características da espécie. Para garantir a saúde e o bem-estar do pet em um apartamento, alguns cuidados básicos são essenciais.
Dr. Yan Cesar, médico veterinário especialista em cardiologia veterinária, explica que, antes de mais nada, é preciso conhecer as necessidades básicas de cada animal para adaptar a moradia às suas demandas. “Os gatos, por exemplo, são uma boa opção nos casos em que o tutor não tem tanto tempo para passeios diários, como exigem os cães. No entanto, é muito importante se atentar à proteção das janelas com telas, pois os gatos tendem a ser muito curiosos e podem acabar se acidentando sem esse item”. Pensando no enriquecimento ambiental para esses animais, além dos arranhadores, podem ser instalados brinquedos ou estruturas elevadas, para que o bichano tenha mais qualidade de vida, podendo se divertir e se exercitar física e mentalmente.
É fundamental prestar atenção aos produtos e substâncias que podem ser tóxicos para os animais de estimação. No convívio familiar, situações de risco se tornam mais frequentes, como o descarte inadequado de alimentos ou ingredientes que caem no chão durante o preparo das refeições, ficando ao alcance dos pets. Para evitar esses perigos, é necessário redobrar os cuidados ao manusear alimentos que possam ser prejudiciais à saúde do animal.
Outro aspecto a ser considerado são os produtos de limpeza utilizados em casa. Alguns produtos, especialmente aqueles com odores fortes, podem causar intoxicação em cães, afetando o fígado. Para evitar problemas, prefira produtos específicos para ambientes com pets e, acima de tudo, armazene-os fora do alcance dos animais para prevenir acidentes.
Categoria | Cuidados Recomendados |
---|---|
Espaço físico | Criar áreas exclusivas para descanso, alimentação e higiene dos pets |
Segurança | Instalar telas nas janelas e evitar acesso a plantas e objetos tóxicos |
Higiene | Utilizar produtos de limpeza específicos para ambientes com animais |
Alimentação | Evitar deixar restos de comida no chão e manter rações fora do alcance de roedores |
Bem-estar | Oferecer brinquedos, arranhadores, passeios supervisionados e escovação dental |
“Também é preciso se atentar para a presença de plantas, já que algumas podem ser tóxicas para cães e gatos”, completa Yan Cesar. Elas devem ficar fora do alcance deles e até mesmo folhas que caírem devem ser recolhidas. “É sempre recomendável verificar se cada espécie de planta presente no ambiente não oferece risco para o animal, e em caso de dúvidas um médico veterinário deve ser consultado”. Segundo o veterinário, plantas como lírios são perigosas para gatos, além da costela-de-adão e jibóia, que são facilmente encontradas nos lares brasileiros e também são muito tóxicas para os animais. Estar ciente dos sinais de intoxicação, como vômitos e apatia, pode evitar problemas graves de saúde.
Tutores de roedores e coelhos devem permitir que esses animais tenham momentos diários de liberdade para passear pelo apartamento. No entanto, esses passeios precisam ser supervisionados, pois esses pets têm o hábito de roer móveis e fios, o que pode danificar itens da casa e, mais grave, expô-los ao risco de choque elétrico ou ferimentos com farpas e materiais inadequados. “Deve-se ter cuidado com ingestão de itens, principalmente para filhotes. Brinquedos pequenos, que fazem barulho, pecinhas de plástico e até pedaços de panos podem ser perigosos para os pets”, afirma Dr. Yan.
O médico veterinário ressalta a importância de também manter medicamentos longe do alcance dos animais e explica que até mesmo remédios considerados comuns para os humanos podem ser fatais para pets.
Adequar o espaço é fundamental. Mesmo em um apartamento pequeno, há maneiras de criar um ambiente favorável aos animais. Isso inclui a criação de áreas específicas para o pet, o preparo de zonas de conforto e a higienização correta do espaço desses companheiros.
O Dr. Yan pontua que devem ser respeitadas as necessidades de exercício físico, interação, vacinação e acompanhamento veterinário especializado, além de enriquecimento ambiental para estímulo mental e alimentação saudável e adequada conforme a espécie tutorada. Ele lembra ainda sobre a importância da saúde oral, que é fundamental para o bem-estar dos pets.
“Escovar os dentes do animal regularmente e oferecer brinquedos que ajudem nessa limpeza pode prevenir problemas dentários e doenças associadas. Por mais que pareça desafiador, com o treinamento adequado é possível acostumar o animal com a escovação e tornar o processo menos estressante”, finaliza.
O veterinário conclui apontando que criar pets em apartamentos pode ser desafiador, mas com planejamento e dedicação, é possível oferecer uma vida feliz e saudável para eles, independentemente do espaço disponível. “O segredo é conhecer as necessidades do seu animal e adaptar o ambiente para atendê-los adequadamente”, finaliza.
Crédito: Redação da Coluna PET Estadão/ O estado de São Paulo – @ disponível na internet 17/7/2025
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