O Brasil é o único país do mundo em que os colchões precisam passar por testes de desempenho obrigatórios para serem comercializados.
Essa exigência representa um marco na defesa do consumidor e na consolidação de um setor colchoeiro comprometido com qualidade, transparência e inovação.
Os ensaios de desempenho são definidos por normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), especialmente pela ABNT NBR 13579, que estabelece parâmetros rigorosos de conforto, segurança e durabilidade.
Cada colchão deve ser submetido a uma série de testes que avaliam firmeza, resiliência, deformação permanente, densidade e outros aspectos fundamentais que asseguram o desempenho do produto ao longo do tempo.
Uma obrigatoriedade que transformou o mercado nacional: os fabricantes passaram a investir em tecnologia, pesquisa e controle de qualidade, enquanto o consumidor ganhou a tranquilidade de adquirir produtos testados e confiáveis.
Essa estrutura de controle e certificação é resultado de um esforço conjunto entre órgãos técnicos, fabricantes e entidades setoriais, com destaque para o INER (Instituto Nacional de Estudos do Repouso), que atua de forma independente na promoção da qualidade e na valorização das boas práticas do setor colchoeiro.
Por meio de iniciativas técnicas e programas próprios de certificação, o INER contribui para que as normas da ABNT sejam efetivamente aplicadas e para que o consumidor tenha acesso a colchões seguros e de alto desempenho.
Entre as principais iniciativas do Instituto está o Selo Pró-Espuma, um programa pioneiro de certificação que garante que as espumas utilizadas na fabricação dos colchões atendem aos requisitos de qualidade definidos em norma, passando por rigorosos testes laboratoriais. Esse selo, exclusivo para empresas associadas ao INER, assegura conformidade em densidade, firmeza e durabilidade, atestando a qualidade da matéria-prima e agregando valor aos produtos certificados.
O cenário brasileiro se destaca ainda mais quando comparado ao contexto internacional. Em outros países, como Estados Unidos, Japão, Canadá, Reino Unido e membros da União Europeia, existem normas técnicas e certificações de segurança ou desempenho, porém de caráter voluntário e não obrigatório por lei.
Nos Estados Unidos, por exemplo, há exigências federais apenas quanto à inflamabilidade dos colchões, mas não há controle compulsório sobre conforto ou durabilidade.
Na Europa, normas como a EN 1957 tratam de desempenho, mas o cumprimento depende da adesão das empresas.
Em contraste, o modelo brasileiro combina normas técnicas da ABNT, certificação compulsória pelo Inmetro, laboratórios acreditados e fiscalização ativa, garantindo que nenhum colchão possa ser vendido sem passar por testes de qualidade.
Essa integração faz do país uma referência global em regulação e proteção ao consumidor.

Com uma base sólida de regulamentação obrigatória, certificações técnicas e monitoramento contínuo promovido por entidades especializadas como o INER, o Brasil se tornou referência internacional em qualidade e segurança no setor colchoeiro.
O modelo nacional é exemplo de como a integração entre indústria, entidades técnicas e órgãos reguladores pode resultar em um mercado mais confiável, inovador e sustentável.
Mais do que um requisito legal, a regulamentação dos colchões no país representa um compromisso coletivo com a saúde, o bem-estar e a confiança do consumidor, valores que o INER e o Selo Pró-Espuma continuam a fortalecer por meio de ações, certificações e programas que asseguram a qualidade de um bom descanso.
Crédito: Cleriane Lopes Denipoti / Instituto Nacional de Estudo do Repouso (INER) – 24/10/2025












