O crescimento acelerado do comércio eletrônico transformou profundamente os hábitos de consumo, ampliando o acesso a produtos, mercados e oportunidades. Contudo, essa expansão traz um desafio cada vez mais urgente: como garantir que os produtos adquiridos pela internet sejam seguros e atendam às normas de qualidade e regulamentos exigidos ?
É essa pergunta central que orienta o artigo “Comércio Virtual: Da Compra ao Produto Seguro na Internet”, elaborado por Sidney Aride, Karine Murad, Ruth Epsztejn e Walter Franklin Marques Correia, e que agora destacamos em nossa página devido à sua importância estratégica para consumidores, fornecedores e órgãos de fiscalização.
Segurança de Produtos no E-Commerce: Uma Questão Estrutural
Com o avanço da globalização, a alta concorrência e o fluxo contínuo de informações — características ressaltadas por Nakamura (2011) — o comércio virtual consolidou-se como modelo dominante de negócio
No entanto, a compra on-line frequentemente ocorre sem o contato direto com o vendedor, exigindo do consumidor atenção redobrada e cuidados adicionais. A segurança, portanto, vai muito além da proteção de dados: envolve garantir a integridade, qualidade e conformidade dos produtos adquiridos.
Dados da ABComm, citados pelo portal Mercado & Consumo (2025), estimam que o e-commerce brasileiro deve movimentar R$ 224,7 bilhões em 2025, aumento de 10% em relação ao ano anterior. O impacto desse crescimento exige soluções eficazes para prevenir fraudes, reduzir riscos e orientar consumidores em um ambiente de compra cada vez mais complexo.
Três Fatores Fundamentais para um Comércio Virtual Mais Seguro
O artigo destaca três eixos essenciais para fortalecer a segurança no ambiente digital:
- Regulamentação clara e adequada
É indispensável definir regras específicas para o ambiente virtual, com informações obrigatórias sobre os produtos, responsabilidades dos fornecedores e parâmetros para a fiscalização.
Exemplo disso é a Portaria Inmetro nº 302/2021, que proíbe a venda de brinquedos como water yoyo e similares, devido ao risco de estrangulamento, além da regulamentação sobre ímãs e peças pequenas.
- Informação para todos os atores
O artigo sublinha a necessidade de orientar:
Fornecedores, sobre quais informações de segurança devem ser disponibilizadas;
Consumidores, sobre quais dados buscar antes da compra;
Fiscais, sobre os requisitos que devem ser verificados on-line.
- Uso de tecnologias de informação
Ferramentas baseadas em inteligência artificial são apontadas como fundamentais para:
localizar produtos inseguros disponibilizados na internet;
aumentar a eficiência da fiscalização;
melhorar o monitoramento do comércio virtual.
Propostas Práticas e Caminhos para o Futuro
A partir de uma análise consistente, os autores apresentam um conjunto de ações e soluções que podem elevar significativamente o nível de segurança dos produtos vendidos on-line. Entre elas:
aprimoramento da regulamentação voltada ao e-commerce;
padronização de informações essenciais para exibição dos produtos;
capacitação dos agentes envolvidos;
desenvolvimento de softwares que identifiquem automaticamente produtos irregulares.
Essas medidas reforçam que a segurança no comércio eletrônico é um desafio compartilhado — e que somente a integração entre Estado, empresas, plataformas, consumidores e organismos de avaliação da conformidade permitirá avanços sustentáveis.
Leitura Recomendada
O artigo completo oferece uma análise detalhada e propositiva, sendo leitura essencial para quem estuda, regula ou atua no comércio eletrônico e nas áreas de segurança de produtos e avaliação da conformidade.
Acesse a íntegra do artigo elaborado por Sidney Aride, Karine Murad, Ruth Epsztejn e Walter Franklin Marques Correia >>>
Comércio Virtual + Inmetro
ASMETRO-SI 9/12/2025














