De Bem com a Vida: Anvisa alerta sobre risco de botulismo após aplicações de botox

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A aplicação do Botox pode ter fins terapêuticos ou estéticos./ Crédito: Unsplash

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu, nesta quarta-feira (12/3), um alerta sobre os riscos de botulismo após a aplicação de toxina botulínica, popularmente conhecida como botox. A autoridade comunicou que recebeu duas notificações de botulismo relacionadas ao procedimento e solicitou que as fabricantes do medicamento comecem indicar na bula os risco de botulismo.

Segundo o alerta, é esperado que o tratamento com botox, que pode ter fins terapêuticos ou estéticos, tenha efeitos paralíticos localizados. No entanto, é necessário uma indicação clara sobre os riscos relacionados ao uso do medicamento, que podem causar eventos adversos. Os sintomas do botulismo podem ser semelhantes aos efeitos colaterais do botox, especialmente em áreas como a cabeça e o pescoço, mas também incluem visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir e respirar.

O efeito terapêutico do botox é resultado da toxina botulínica, aplicada como solução diluída e purificada. Por sua vez, o botulismo é uma doença causada pela mesma toxina, que ataca as células nervosas do corpo e pode causar paralisia muscular. “Os sintomas iniciais do botulismo incluem visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir e respirar. Em casos graves, a doença pode causar paralisia muscular generalizada e até morte”, pontua o órgão em comunicado aos pacientes e profissionais de saúde.

De acordo com a Anvisa, as informações sobre a injeção do botox, como o nome do medicamento e a dose, são importantes para avaliar a segurança do procedimento conforme as normas sanitárias. Qualquer suspeita de botulismo deve ser encaminhada imediatamente para uma unidade de saúde, uma vez que a rapidez do tratamento reduz os riscos de agravamento do paciente.

Para tratar botulismo, será necessária a administração da antitoxina botulínica, que neutraliza a toxina na corrente sanguínea do paciente. A Anvisa registra que o processo de recuperação é lento e dependerá da reação do organismo do paciente, sendo possível a cura sem sequelas.

Nesse sentido, o órgão recomenda o uso dos medicamentos somente para as indicações e nas doses previstas em bula, conforme registro da Anvisa. Além disso, os profissionais de saúde devem alertar os pacientes sobre os riscos e efeitos adversos decorrentes das aplicações de botox. A aplicação da toxina deve ser feita respeitando os intervalos necessários, que variam de acordo com o produto e a necessidade do paciente.

“A Agência enfatiza a necessidade de que esses procedimentos sejam realizados por profissionais devidamente habilitados, em locais autorizados pela vigilância sanitária, utilizando apenas medicamentos registrados na Anvisa, conforme especificações de bula”, explica a nota.

Crédito: Nino Guimarães / JOTA – @ disponível na internet 14/3/2025

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