Brasil tem 2,4 milhões de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), aponta Censo

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Segundo o IBGE, prevalência de autismo é maior entre crianças e adolescentesFoto: Berit Kessler/Zoonar/picture allianc

Número equivale a 1,2% da população. É a primeira vez que o IBGE faz um levantamento do tipo no país. No total, 14,4 milhões de pessoas (7,3%) têm alguma deficiência.

No Brasil, 2,4 milhões de pessoas foram diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população. É o que apontam dados específicos sobre pessoas com deficiência coletados ao longo do Censo de 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta sexta-feira (23/05).

Para chegar a esses números, os pesquisadores do Censo perguntaram aos participantes se eles já tinham sido diagnosticados com autismo por algum profissional de saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TEA engloba uma série de condições caracterizadas por algum grau de dificuldade para interagir socialmente e se comunicar, bem como por padrões atípicos de atividades e comportamentos. É chamado de espectro porque pode se manifestar de maneiras e intensidades distintas, requerendo acompanhamentos específicos.

Segundo o IBGE, a prevalência de autismo é maior entre crianças e adolescentes: 2,1% no grupo de 0 e 4 anos de idade, 2,6% entre 5 e 9 anos, 1,9% entre 10 e 14 anos e 1,3% entre 15 e 19 anos. Esses percentuais representam, ao todo, 1,1 milhão de pessoas de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilam entre 0,8% e 1,0%.

Isso, segundo o IBGE, não necessariamente é sinal de que a incidência de autismo esteja aumentando nos jovens, e sim reflexo dos avanços da medicina diagnóstica e do acesso facilitado, nos últimos anos, a informações sobre o TEA.

Há ainda diferenças de gênero, com 1,4 milhões de homens autistas (1,5%) contra 1 milhão de mulheres diagnosticadas (0,9%). A prevalência entre homens é maior em todos os grupos etários até 44 anos.

A incidência de autismo também é ligeiramente maior entre pessoas que se declararam brancas (1,3%). Entre indígenas, esse percentual é de 0,9%; entre negros (pretos e pardos), de 1,1%; e entre amarelos, de 1,2%.

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