Adiada votação da PEC dos Precatórios

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@Charge do Jota A. (portalodia.com)

Líder em exercício do governo, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) solicitou o adiamento da votação, argumentando que o relator da matéria, senador Jaques Wagner (PT-BA), está afastado por motivos médicos.

Davi chamou atenção para a forte demanda dos municípios brasileiros para a inclusão da PEC na pauta e sublinhou a intenção de  Wagner de defender seu relatório em Plenário. A proposta foi aprovada em primeiro turno no mês de julho, mas a votação em segundo turno foi suspensa diante da apresentação de destaques supressivos.

— Sei do problema que passam os municípios brasileiros, sei das angústias dos senadores e dos deputados para resolver este problema: dar condição fiscal (…) de sustentabilidade orçamentária. Mas tenho que acolher a solicitação feita pelo relator.

Em resposta aos senadores Angelo Coronel (PSD-BA) e Daniella Ribeiro (PP-PB), o presidente do Senado esclareceu que não poderá esperar os 45 dias da licença médica de Wagner e, ao mesmo tempo, cumprir seu compromisso com a demanda dos municípios. Davi disse que irá conversar com Wagner para que seja possível designar outro relator para a proposta.

Agência Senado 22/8/2025


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu adiar a votação da Proposta de Emenda á Constituição (PEC) 66/2023, que estava prevista pela esta quarta-feira (dia 20). O texto limita o pagamento de precatórios por estados e municípios e autoriza novo prazo de parcelamento para débitos previdenciários.

Como a PEC cria um teto para o pagamento, na prática, o texto alivia estados e municípios ao permitir que paguem essas dívidas judiciais em parcelas menores e com um prazo maior de quitação, afetando servidores, que muitas vezes são credores dessas dívidas.

Precatórios são dívidas do governo decorrentes de sentenças judiciais definitivas, podendo ser em relação a questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o poder público seja o derrotado.

Nova data

Segundo Alcolumbre, a nova data será definida após uma consulta ao colégio de líderes. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) — que é líder em exercício do governo — solicitou o adiamento da votação, argumentando que o relator da matéria, senador Jaques Wagner (PT-BA), está afastado por motivos médicos.

A proposta foi aprovada em primeiro turno em julho, mas a votação em segundo turno foi suspensa após a apresentação de destaques supressivos.

Outros pontos

A PEC ainda tira essas dívidas do limite de despesas primárias da União (gastos realizados pelo governo federal, excluindo o pagamento de juros da dívida pública) a partir do ano que vem. Como essas despesas sairiam do teto de gastos, ficaria mais fácil para o governo federal cumprir a meta fiscal.

O texto também estabelece novo prazo especial de parcelamento dos débitos previdenciários dos entes federativos com os Regimes Próprios de Previdência (dos servidores) e, no caso dos municípios, com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

O texto aguarda agora a votação final no plenário do Senado, em dois turnos, antes de ir a promulgação, pois já passou pela Câmara dos Deputados em segundo turno, em julho passado. A proposta voltou ao Senado após mudanças feitas na outra Casa.

Os deputados mudaram, por exemplo, a data-limite de apresentação dos precatórios transitados em julgado para que eles sejam incluídos no Orçamento, a fim de serem pagos até o término do ano seguinte.

Hoje, essa data é 2 de abril. Com a PEC, passaria a ser 1º de fevereiro. Os precatórios apresentados depois dessa data passariam ser incluídos para pagamento somente no segundo exercício seguinte.

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