NIB ganha mais R$ 12 bi para renovação do parque industrial brasileiro com tecnologias 4.0

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BNDES e Finep anunciam novas linhas de financiamento com juros abaixo do mercado; R$ 2 bi são exclusivos para as regiões N, NE e CO
 

A Nova Indústria Brasil ganhou nesta segunda-feira (25/8) mais R$ 12 bilhões em linhas de crédito, com juros abaixo do mercado, para difusão tecnológica e modernização do parque industrial brasileiro. As linhas, operadas por BNDES e Finep, vão financiar a aquisição de Bens de Capital (BK) que incorporem robótica, IA, computação em nuvem, sensoriamento, IoT e outras da tecnologias da chamada indústria 4.0.

O anúncio foi feito durante reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

“Era um grande anseio da indústria poder ter um crédito mais acessível para renovar suas máquinas, seus equipamentos, que vão melhorar sua produtividade, sua competitividade,  reduzir custos, melhorar a eficiência energética, enfim, poder dar um impulso na atividade industrial”, afirmou Alckmin após a reunião.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que os recursos são para máquinas e equipamentos que estão na fronteira tecnológica da indústria 4.0. “O motor do crescimento é o investimento. E o investimento precisa de inovação. A indústria do planeta, hoje, é cada vez mais competitiva e mais inovadora”, disse.

Juros baixos

Dos recursos anunciados, R$ 10 bi são do BNDES, sendo R$ 4,3 bi à Taxa Referencial (TR) e o restante de linhas tradicionais. Esse “blended” permitirá que o custo dos financiamentos, para as empresas, não ultrapasse 8,5% ao ano.

Os demais R$ 2 bilhões serão financiados pela Finep à TR + 7,5% ao ano, sendo seu uso exclusivo para indústrias das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o parque fabril brasileiro opera com maquinário antigo, com idade média de 14 anos, o que reduz sua produtividade. No Brasil, 38% dos equipamentos industriais estão próximos ou além do ciclo de vida ideal estabelecido pelos fabricantes.

A defasagem tecnológica aumenta custos de manutenção, consumo energético e impacta negativamente a competitividade do país.

As linhas de BK criadas agora por BNDES e Finep somam-se ao programa de Depreciação Acelerada, lançado pelo governo federal em maio do ano passado e que destina R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos.

MPMEs

Com o blended das novas linhas do BNDES, o custos dos empréstimos para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) terão redução, em média, de 6% das taxas que atualmente pagam em financiamentos. Todos os bancos credenciados no BNDES estarão aptos a repassar os recursos. 

Para aquisição de máquinas e equipamentos 4.0, MPMEs com projetos de até R$ 50 milhões terão acesso a financiamento na forma indireta, por meio da rede credenciada de instituições do BNDES.

Para médias e grandes empresas com projetos no valor de até R$ 300 milhões, a operação será feita diretamente com o BNDES. O banco também apoiará fabricantes de máquinas e equipamentos 4.0 na comercialização de seus equipamentos credenciados, no valor de até R$ 300 milhões.

Plano Mais Produção

Com as novas linhas, sobe para R$ 642 bilhões o total de recursos do Plano Mais Produção (P+P) destinados ao financiamento da NIB até 2026. Além de BNDES e Finep, fazem parte do P+P o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia e a Embrapii.

Painel de monitoramento do P+P, publicado e atualizado pelo MDIC, mostra, até aqui, o apoio a 258 mil projetos em todo o país, no valor total contratado de R$ 516 bilhões para as seis missões da NIB.

Desse total, R$ 224 bi foram para projetos de Infraestrutura; R$ 110,6 bi para Cadeias Agroindustriais; R$ 82,4 bi para Transformação Digital; R$ 48,4 bi para Bioeconomia e Descarbonização; R$ 27,4 bi para Soberania e Defesa; e R$ 23,3 bi para o Complexo da Saúde.

O painel mostra ainda o papel da NIB no impulso às potencialidades regionais. Na Missão 5 (Bioeconomia e Descarbonização), por exemplo, 49,3% dos recursos foram direcionados para as regiões Norte e Nordeste. Já na Missão 1 (Agroindústria), as regiões Centro-Oeste e Sul ficaram com 62,6% dos valores contratados até o momento.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – 26/8/2025

NIB
Cadu Gomes/VPR

 

 

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