Dois alvos da operação que apura a tragédia de Brumadinho (MG) relataram aos investigadores que a Vale tinha conhecimento de que a barragem da Mina do Feijão, que desabou levando a ao menos 150 mortes , tinha problemas. As informações foram dadas por um funcionário da Vale e pelo engenheiro Makoto Namba, do grupo alemão TÜV SÜD, que elaborou o laudo que atestou a estabilidade da estrutura e recomendou melhorias.
Em seu depoimento aos investigadores, segundo apurou O GLOBO, um funcionário da mineradora relatou ter informado ao diretor da Vale Sudeste, Silmar Magalhães, o terceiro na hierarquia da empresa, que a drenagem que fizeram em junho na barragem tinha dado problema. Já o engenheiro da TÜV SÜD disse que a probabilidade de rompimento da barragem era de 1 para 5 mil e que esse valor era considerado acima do recomendado pela própria Vale.
Nos e-mails, a PF identificou que os próprios funcionários da Vale e os engenheiros da empresa alemã constataram que cinco piezômetros, aparelhos que medem o nível da água e a pressão que ela exerce na estrutura da barragem, não estavam funcionando e também constataram medidas discrepantes nos outros equipamentos de medição.
Questionado sobre o fato em seu depoimento ao delegado, Namba relatou que só tomou conhecimento dos dados após o rompimento da barragem (seu nome não estava entre os que receberam os e-mails) e, ao ser indagado sobre qual providência adotaria se seus filhos estivessem no local da barragem diante das observações que apareciam nos e-mails ele respondeu: “Após a confirmação das leituras, ligaria imediatamente para seu filho para que evacuasse do local bem como que ligaria para o setor de emergência da Vale responsável pelo acionamento do PAEBM [Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração] para as providências cabíveis”.
No depoimento à PF, Namba também relatou a pressão de funcionários da Vale para que o laudo fosse aprovado. Em uma reunião com a equipe da mineradora sobre o laudo de estabilidade assinado por ele, o engenheiro relatou ter ouvido de um funcionário da Vale chamado Alexandre Campanha: “A TÜV SÜD vai assinar ou não a declaração de estabilidade?”. Na ocasião, Namba disse que assinaria o documento se a mineradora se comprometesse com as melhorias, .
“Apesar de ter dado esta resposta para Alexandre Campanha, o declarante sentiu a frase proferida pelo mesmo e descrita neste termo como uma maneira de pressionar o declarante e a TÜV SÜD a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato”, seguiu o engenheiro no depoimento.
Ainda segundo Namba, a TUV SUD realizou estudos de revisões periódicas em 31 barragens de rejeitos minerários da Vale, e a de Brumadinho foi a que apresentou os riscos mais altos de rompimento.
A Vale informa que vem colaborando proativamente e da forma mais célere possível com todas as autoridades que investigam as causas do rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Como maior interessada no esclarecimento das causas desse rompimento, além de materiais apreendidos, a Vale entregou voluntariamente documentos e e-mails, no segundo dia útil após o evento, para procuradores da República e delegado da Polícia Federal. A companhia se absterá de fazer comentários sobre particularidades das investigações de forma a preservar a apuração dos fatos pelas autoridades.
Crédito: Bela Megale e Mateus Coutinho/O Globo – disponível na internet 07/02/2019
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