Partido de Gilberto Kassab fez 878 prefeitos pelo país, tem um candidato à presidência da Câmara e deve intensificar articulação para 2026
Partido que mais elegeu prefeitos no primeiro turno das eleições municipais deste ano, o Partido Social Democrático (PSD) saiu das urnas fortalecido. A sigla liderada por Gilberto Kassab fez 878 prefeitos no país depois de 12 anos disputando as eleições brasileiras.
A tentativa de bolsonaristas como Nikolas Ferreira (PL-MG) de tentar frear o crescimento do partido não prosperou. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram colar à sigla a culpa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não avançar.
Isso porque o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (MG), faz parte dos quadros do PSD. A ofensiva de vídeos gravados e posts em redes sociais contra a legenda não trouxe reflexos nas urnas.
Com planos ainda em aberto sobre 2026
Nas entrevistas que deu durante a semana, Kassab enfatizou que no plano nacional seu objetivo é atrair o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, defendeu que Tarcísio tente a reeleição em 2026 e que se projete para o pleito presidencial de 2030.
Destacou também, ao longo da semana, que se o PSD tiver um candidato em 2026 será o governador do Paraná, Ratinho Júnior. Ele é bem avaliado no estado e já está no segundo mandato, ou seja: não poderá tentar se reeleger como chefe do Executivo estadual.
Para além das eleições nacionais daqui a dois anos, há uma importante disputa nos próximos meses: a troca de comando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Atualmente, o PSD comanda o Congresso Nacional, sob a presidência de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas o parlamentar vai deixar o cargo em fevereiro de 2025, após dois mandatos.
Desde as eleições de 2022, Kassab trabalha a articulação política para que o PSD não perca uma posição de poder no Legislativo. Na Câmara, o partido tem Antonio Brito (PSD-BA), líder da bancada, como candidato à presidência da Casa.
Com a aliança firmada na Câmara entre PSD e União Brasil, o plano de ambos os partidos é que o PSD possa ficar com a vice-presidência do Senado. Atualmente, o favorito na disputa é o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Há uma ala na sigla, no entanto, que defende que o partido tenha candidatura própria, o que é mais improvável, já que Pacheco já sinaliza seu apoio a Alcolumbre.
Crédito: Gabriel Buss e Mariah Aquino / Metrópoles – @ disponível na internet 15/10/2024