“Frente a esse desafio, estão sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional. Dessa forma, o MPO e o IBGE esclarecem que qualquer decisão que oportunamente for tomada seguirá o debate no IBGE e com o Executivo e o Legislativo”, informou a pasta em nota divulgada nesta tarde.
Mais cedo, após evento em Brasília para apresentar o Plano de Trabalho 2025, o presidente do instituto, Marcio Pochmann, atribuiu as críticas dos servidores à sua gestão ao “subfinanciamento” e afirmou que o órgão que comanda está fazendo uma transição após um período de enfraquecimento.
Entenda a crise no IBGE
- A criação da fundação IBGE + deflagrou uma nova crise interna no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e uma guerra de versões entre o presidente do órgão, Márcio Pochmann, e servidores.
- A relação entre a cúpula da entidade e o sindicato já estava deteriorada desde agosto de 2024, quando houve a determinação de retorno ao trabalho presencial aos funcionários que estavam de home office desde a pandemia.
- Marcio Pochmann foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho de 2023. Ligado à ala mais ideológica do PT, o economista enfrentou resistência.
- O Instituto tem autonomia administrativa e é vinculado à estrutura do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), chefiado pela ministra Simone Tebet (MDB).
Pochmann também afirmou que a instituição tem sérios problemas de financiamento, que a sua gestão tentou estabilizar. “Apesar todo esse esforço, não foi possível nós vencermos o30 problema do subfinanciamento”, disse.
“Convivemos, em vários momentos, com corte de luz, por exemplo, corte de água, dificuldades de fazer as pesquisas que são compromisso do IBGE, como levantamento de preços, entre outros”, completou.
Para Pochmann, a Fundação permitiria que o IBGE pudesse receber recursos adicionais para pesquisa e inovação tecnológica. “Tentamos várias modalidades para ampliar o orçamento do IBGE. A primeira foi, justamente, buscar a ampliação do orçamento, o que nós não conseguimos naquilo que imaginamos ser necessário”.
Censo agropecuário
Na nota, o Ministério do Planejamento e Orçamento sustenta que dará apoio ao IBGE, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, para a formulação do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola.
A destinação de recursos para 2025 envolve treinamento de pesquisadores, contratação, entre outros.
Crédito: Flávia Said / Metrópoles – @ disponível na internet 30/1/2025