Fidel Castro, o líder revolucionário cubano que construiu um estado comunista na porta dos Estados unidos e por cinco décadas desafiou os esforços norte-americanos para derrubá-lo, morreu na sexta-feira, aos 90 anos.
Figura imponente da segunda metade do século XX, Castro se manteve preso à sua ideologia após o colapso do comunismo soviético e seguiu amplamente respeitado em partes do mundo que tinham lutado contra o domínio colonial.
Ele estava com a saúde debilitada desde que uma doença intestinal quase o matou em 2006. Ele passou formalmente o poder para seu irmão mais novo Raul Castro dois anos mais tarde.
Vestindo um uniforme militar verde, um sombrio Raul Castro, 85, apareceu na televisão estatal na noite de sexta-feira para anunciar a morte de seu irmão.
“Às 10:29 da noite, o comandante chefe da revolução de Cuba, Fidel Castro Ruz, morreu”, ele disse sem dar a causa da morte.
“Sempre para a frente, para a vitória”, disse, usando o slogan da revolução cubana.
Aliados fizeram tributos, incluindo o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente socialista da Venezuela, Nicolas Maduro, que declarou que “os revolucionários do mundo devem seguir seu legado.”
Embora Raul Castro sempre tenha glorificado seu irmão mais velho, ele mudou Cuba desde que assumiu, introduzindo reformas econômicas e fechando acordo com os Estados Unidos, em dezembro de 2014, para restabelecer laços diplomáticos e pôr fim a décadas de hostilidade.
Fidel Castro ofereceu morno apoio para o acordo, levantando dúvidas sobre se ele de fato aprovaria o fim das hostilidades com seu inimigo de longa data.
Ele não conheceu Barack Obama quando ele visitou Havana no início deste ano, a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos tinha pisado o pé em solo cubano desde 1928.
Crédito: Reuters Brasil – disponível na web 26/11/2016