Escolaridade garante ocupação, mas não melhores empregos

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DIEESE-Boletim Emprego em Pauta n 9
2014 e 2017, com a crise, o número de ocupados no Brasil caiu de 92,4 para 91,4 milhões (-1 milhão). No entanto, o movimento não afetou a todos os trabalhadores: quem perdeu postos de trabalho foram aqueles que têm escolaridade mais baixa. A ocupação cresceu para quem tem mais anos de estudo (Tabela 1).
O total de ocupados com até o fundamental completo diminuiu 4,8 milhões. Na contramão, o número de ocupados com ensino superior completo aumentou quase 2,2 milhões e o dos que tinham ensino médio incompleto ou completo, pouco mais de 1,5 milhão.
Apesar de a escolaridade facilitar o acesso ao mercado de trabalho em momento de crise, só uma pequena parte dos 2,2 milhões de ocupados com nível superior completo que conseguiu trabalho durante a crise conquistou uma ocupação “típica”, como profissiona
l liberal ou em cargos de maior complexidade relacionados à gestão e direção. Apenas 132 mil se inseriram como diretores e gerentes e 678 mil como profissionais das ciências e intelectuais, enquanto 1,3 milhão se ocuparam em funções mais rotineiras, administrativas e com exigências de conhecimento técnico/médio. O número de trabalhadores com essa escolaridade nessas ocupações “não típicas” passou de 5,0 milhões, em 2014, para 6,2 milhões, em 2017 (Tabela 2).
Integra do Boletim Emprego em Pauta >>>boletimEmpregoEmPauta9
Crédito: DIEESE – disponível na internet 10/09/2018

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