Guedes descarta redução salarial do funcionalismo.

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Guedes diz preferir congelamento salarial do funcionalismo público a corte de remuneração

Guedes descarta redução salarial do funcionalismo.

Guedes diz que prefere travar aumentos do que reduzir salários de servidores

Guedes é contra redução salarial de servidores durante pandemia do coronavírus


Guedes diz preferir congelamento salarial do funcionalismo público a corte de remuneração

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado que o corte salarial do funcionalismo público durante a crise gerada pelo coronavírus não é uma ideia que lhe atrai, defendendo no lugar da iniciativa um eventual congelamento da remuneração dos servidores.

Ao participar de mesa redonda virtual com executivos da XP nesta noite, o ministro também rejeitou possível aumento de impostos das maiores empresas do país para aumentar a arrecadação do governo.

“Eu acho que num momento de emergência você tirar dinheiro de circulação, seja do funcionário público, seja das empresas, não acho que é momento de fazer isso”, disse.

Em relação ao funcionalismo, Guedes afirmou preferir trocar uma investida dessa natureza por um congelamento salarial, travando aumentos por “dois, três, quatro anos”.

“Acho mais construtivo que tentar tirar poder de compra (durante crise)”, disse.

A redução de até 20% nos salários dos servidores que têm vencimentos maiores, entre eles parlamentares, tem sido defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como uma medida para liberar recursos para o combate à pandemia de coronavírus e como um gesto simbólico durante a crise.

A proposta, no entanto, não é muito popular entre deputados e sua defesa por Maia gerou desconforto no Congresso.

Crédito:Marcela Ayres/TERRA – disponível na internet 30/03/2020


O ministro acredita que seria melhor deixar a remuneração dos servidores por dois ou três anos, sem aumento.

“Já que setor privado foi para o desemprego, para a dificuldade, foi para o auxílio emergencial, o funcionário público que está em casa, no isolamento, recebendo salário integral, então, pelo menos contribua com o Brasil. Quebra essa espiral de aumentos pelo menos dois, três anos”, disse Guedes.

O ministro lembrou que partidos apresentaram no Congresso projetos para estabelecer a redução de salários dos servidores e para aumentar impostos sobre maiores empresas. Ele demonstrou não ser favorável ao avanço das propostas

“Por que não me atraem muito essas sugestões deflacionárias? Embora exista senso de justiça fiscal e salarial, eu acho que, em um momento de emergência, você tirar dinheiro de circulação, seja do funcionário público, seja das empresas, eu acho que não é o momento de fazer isso. Prefiro trocar por um congelamento mais longo dos salários do funcionalismo. Pega aí dois, três, quatro anos e trava isso. Acho mais construtivo para o país do que tentar tirar poder de compra”, afirmou chefe da equipe econômica

“No caso das empresas, a mesma coisa. No momento de ameaça de depressão, você aumenta impostos das empresas que vão comandar a retomada do crescimento e dos investimentos e tira poder de compra delas, você quebra as pernas delas. As empresas já estão caindo com a crise de saúde , você quebra as duas pernas. Na hora que ela tem que levantar e começar a investir, você quebrou as duas pernas botando um imposto extraordinário em cima dela. Eu não acho que macroeconomicamente faça sentido”, completou.

(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)

Crédito: Marcelo Ribeiro, Estevão Taiar e Fernando Exman, Valor — disponível na internet 30/03/2020


Guedes é contra redução salarial de servidores durante pandemia do coronavírus

Apesar de uma ala do Parlamento, em Brasília, defender fortemente a redução salarial de servidores do país para garantir mais recursos públicos durante a pandemia do novo coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou ser contrário a essa medida. Guedes, que sempre discursou favorável à austeridade para o funcionalismo, disse no último sábado, em conferência com a XP Investimentos, não ver sentido em cortar remunerações nesse momento. Para ele, o caminho é apenas congelar reajustes por dois ou três anos.
O titular da pasta ressaltou que, neste momento de crise, “não faz sentido macroeconomicamente”. E justificou que, diante da previsão de altos índices de desemprego como consequência das medidas de prevenção à pandemia (como o fechamento do comércio, por exemplo), mais cortes prejudicariam ainda mais a economia.
“Já que o setor privado foi para o desemprego, foi para o auxílio emergencial, o funcionário público que está em casa, no isolamento, recebendo salário integral, então, pelo menos contribua com o Brasil. Quebra essa espiral de aumentos pelo menos dois, três anos”, afirmou Guedes.
 
As declarações do ministro vão ao encontro do que representantes do setor público já argumentam sempre que esse assunto volta ao debate. E na semana passada, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reacendeu esse assunto ao anunciar que o Parlamento avançaria com essa proposta, incluindo a redução dos vencimentos de deputados e senadores.
 
As alegações dos parlamentares são de que há necessidade de destinar mais verbas para a Saúde e os trabalhos de enfrentamento e prevenção à disseminação da Covid-19.
Maia, porém, recuou depois de conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tofolli. O magistrado comunicou a integrantes da Frentas (Frente Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público), que reúne 40 mil juízes e membros do Ministério Público em todo o país, de que o presidente da Câmara firmou compromisso do Parlamento em não levar essa ideia adiante.
Mas, ainda assim, o corte salarial seguiu sendo defendido por diversos parlamentares.
 
Crédito: Paloma Savedra / O Dia – disponível na internet 30/03/2020

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