O que é e a importância da detecção precoce do câncer de mama
Outubro Rosa
Sobre o Câncer de Mama
O que é e a importância da detecção precoce do câncer de mama
Não é incomum que, todos os anos, durante o mês de outubro, monumentos e pontos turísticos sejam iluminados com luzes de cor rosa.
As ações fazem parte do Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, realizada no Brasil desde 2002.
Internacionalmente, o movimento é ainda mais antigo: foi em 1990 quando a fundação norte-americana Susan G. Komen, voltada para o combate desse tipo de câncer, organizou a primeira Corrida pela Cura. Todos os participantes ganharam o lacinho rosa que caracteriza a ação adotada no mundo todo.
E a campanha tem efeitos concretos. A médica Paula Saab, que faz parte da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), conta que outubro é o mês em que mais se diagnostica a doença.
“Outubro é o mês em que mais fazemos diagnósticos. Muitas mulheres não sabem ou não têm coragem de fazer o exame, mas, pela campanha, todo mundo falando, vão lá e fazem. A campanha têm uma relevância muito grande para a sociedade”, diz.
A detecção precoce do câncer de mama, diz Saab, é o maior definidor do resultado do tratamento. “Quando diagnosticados pequenos e tratados em estado inicial, os tumores demandam um tratamento menos agressivo e têm resultados melhores em termos de cura”, explica.
Segundo estudos da fundação Susan G. Komen, apenas cerca de 5% a 10% dos casos de câncer de mama têm causa genética hereditária. A grande maioria é gerada por mutações espontâneas ao longo da vida, que podem estar associadas a motivos comportamentais.
“Há vários estudos que mostram que os hábitos de vida, como o comportamento alimentar, o sobrepeso e a obesidade, e a prática de exercícios físicos, estão diretamente ligados à incidência do câncer de mama”, diz a especialista.
“Quando o IMC (Índice de Massa Corporal) se mantem abaixo de 25 , há exercício regular, não há consumo de bebida alcóolica regularmente e não se pratica o tabagismo, a redução [de incidência de câncer de mama] é em torno de 20%”.
A fala de Paula está diretamente relacionada ao mote da campanha Outubro Rosa da SBM neste ano, “Quanto Antes, Melhor”.
“Nosso alerta é para quanto antes mudar o estilo de vida, melhor para a saúde. Isso envolve exercícios, alimentação saudável e a consciência da saúde preventiva como um todo”, disse o presidente da SBM, Vilmar Marques, em comunicado.
Apesar da campanha ser principalmente voltada para as mulheres, que constituem a maior parte das vítimas da doença, o câncer de mama também pode afetar homens cisgêneros e transgêneros não mastectomizados. Por isso, a qualquer irregularidade, é indicado consultar um médico.
Autoexame
Apesar do autoexame ser um grande foco do Outubro Rosa, Saab diz que, quando os nódulos nas mamas podem ser palpados, é porque já estão grandes demais.
“Para conseguir palpar, o nódulo precisa ter no mínimo dois centímetros, o que a gente já considera relativamente grande. Por meio dos exames, a mamografia e a ultrassonografia, é possível detectar nódulos a partir de cinco milímetros”, conta.
A médica explica que a grande maioria dos tumores se manifesta como nódulos. “A maioria [dos tumores] são benignos, mas a apresentação mais comum do câncer é o nódulo. E se a mulher aparece com um nódulo, a gente sempre vai investigar”.
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a quem tem mais 40 anos que faça os exames de detecção anualmente.
Muitas pessoas evitam tanto o autoexame quanto a mamografia por desconforto ou medo de sentir dor. “A sensibilidade da mama é variável, tem mulher que sente mais e que sente menos. Na hora de fazer a mamografia, como tem que haver a compressão, tem mulheres que vão sentir mais desconforto. Mas não é para ser um exame dolorido”, explica Saab.
O autoexame, a médica diz, deve ser encarado como um ritual de autocuidado e não tem uma fórmula correta para ser feito.
“Antes a gente dizia ‘levanta o braço, abaixa o braço…’. Hoje, o que a gente orienta, é que cada mulher identifique um método próprio, como mais gosta de se palpar”, afirma.
“Quando se cria um padrão, é mais fácil saber se sentiu algo diferente. Mas a gente não quer que isso aconteça, queremos detectar antes de conseguir palpar”.
Crédito: Anna Satie, da CNN – disponível na internet 01/10/2020
Outubro Rosa
Movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. O INCA — que participa do movimento desde 2010 — promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o tema, assim como produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)
Fonte: www.inca.gov.br/assuntos/outubro-rosa
Sobre o Câncer de Mama
O câncer de mama é o crescimento descontrolado de células da mama que adquiriram características anormais (células dos lobos, células produtoras de leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), anormalidades estas causadas por uma ou mais mutações no material genético da célula. A doença ocorre quase que exclusivamente em mulheres, mas os homens também podem ter câncer de mama.
Embora muitos tipos de câncer de mama possam apresentar-se como um nódulo, nem todos o fazem dessa forma. Existem outros sinais e sintomas que quando percebidos a mulher deve comunicar imediatamente ao seu médico. Também é importante entender que a maioria dos nódulos na mama não é câncer, muitos podem ser benignos. Os tumores benignos de mama são crescimentos anormais, mas não se disseminam. Entretanto, alguns nódulos benignos podem aumentar o risco da contrair câncer de mama. Qualquer alteração na mama deve ser examinada por um médico para determinar se é benigna (ou não) e se isso pode implicar em um risco para o desenvolvimento de um câncer no futuro.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 18/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Crédito: Instituto Oncoguia – disponível na internet 01/10/2020