- ASMETRO-SN lança versão impressa de livro inédito sobre lucro social durante a VI OLS
- O cronotacógrafo, por Eduardo Ribeiro de Oliveira, Inmetro
- “Consultar as horas em relógio é pratica metrológica”, diz pesquisador Rodrigo Félix, na VI Oficina de Lucro Social
- Instrutores abraçaram a causa – VI Oficina de Lucro Social
ASMETRO-SN lança versão impressa de livro inédito sobre lucro social durante a VI OLS
A versão impressa do livro “Lucro Social: Ferramenta de Transparência e Gestão no Setor Público”, publicação pioneira do Sindicato Nacional dos Servidores do Inmetro (Asmetro-SN), foi lançada nesta quinta-feira (17/6), durante o encerramento da VI Oficina de Lucro Social: Ferramenta de Transparência do Setor Público – O Cronotacógrafos, realizada, no Rio, desde terça-feira (15/6).
De autoria do secretário geral do Asmetro-SN, Rodrigo Ozanan, a publicação já disponível na livraria virtual da Amazon. O livro foi prefaciado pelo presidente do Asmetro-SN, Sergio Ballerini, que também participou da organização, com o chefe do Laboratório de Ultrassom da Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia (Dimci), Rodrigo Costa-Felix.
Com 127 página, o livro era uma demanda antiga e vinha sendo produzido para atender às necessidades dos servidores por informações sobre o tema. São sete capítulos, entre eles, abordando Serviço público versos iniciativa privada, com seus contrastes; balanço social; balanço social no setor público; Introdução a indicadores de desempenho; metrologia como ferramenta para lucro social; lucro social (estudos de caso); lucro social (vantagens, limitações e aplicações.
O livro reúne algumas das principais informações disponíveis que podem ser utilizadas na elaboração de um modelo de Lucro Social, abordando aspectos fundamentais que vão dede a conceituação, a seleção de indicadores, passando pelo tratamento, interpretação, resultado final e validação. O conceito Lucro Social foi adaptado do modelo Embrapa.
No prefácio, Ballerini observa que a globalização, as demandas da sociedade e a credibilidade, vetor potencial de escolha, deverão ter novos formatos e exigências a partir da pandemia do coronavírus (Covid-19). Tanto o trabalho presencial como o “home office” nas empresas públicas devem ser mais um elemento crucial para debate nas oficinas de Lucro Social do Asmetro-SN. “Levar à mesa de discussão o leque de novas questões que vão emergir desse momento de dificuldades, desafios, sobrevivência e, sobretudo, de esperança é um dos objetivos do Asmetro-SN, com a realização das novas oficinas de Lucro Social”.
Baseado no modelo Embrapa de Lucro Social, desde 2009, o Asmetro-SN vem desenvolvendo a sua própria metodologia. Desde 2014, o Sindicato já realizou dezenas de oficinas, reunindo representantes de ministérios, sindicatos e do setor público em geral, de todas as regiões da federação.
“Vamos buscar, portanto, formas de posicionamento, de valorização do trabalho, tantas vezes pouco reconhecido. Lucro Social é, sem dúvida, a demonstração pública de que há muito a oferecer de nosso trabalho, muitas vezes invisível, árduo, dedicado, em prol da sociedade”, ressalta a entidade.
Nas oficinas, o Asmetro-SN desenvolve atividades capazes de levar o servidor público a visualizar o quanto a sua atividade é permeada de valores — em geral, despercebidos.
“Buscamos a valorização do trabalho do servidor público e de suas potencialidades, visando, assim, ao fortalecimento da credibilidade de suas ações. As oficinas têm possibilitado esse debate democrático, em sintonia com as demandas do consumidor, cada vez mais exigente e bem informado”, reforça.
Versão impressa (ISBN 979-8-51-051755-2): www.amazon.com/dp/B095NTM23Y
Versão eBook (Kindle – ASIN B095XNTXRL): www.amazon.com.br/dp/B095XNTXRL
O cronotacógrafo, por Eduardo Ribeiro de Oliveira, Inmetro
O cronotacógrafo é o instrumento ou conjunto de instrumentos destinado a indicar e registrar, de forma simultânea, inalterável e instantânea, a velocidade e a distância percorrida pelo veículo, em função do tempo decorrido, assim como os parâmetros relacionados com o condutor do veículo, tais como: o tempo de trabalho e os tempos de parada e de direção. A definição está disponível na literatura pouco conhecida pela sociedade em geral. Mas é certo que o equipamento tem importância fundamental na vida de todas as pessoas.
O coordenador técnico do Programa de Cronotacógrafo da presidência do Inmetro, Eduardo Ribeiro de Oliveira, é um dos profissionais mais respeitados no mundo da metrologia legal, por seu vasto conhecimento do assunto. Toda essa bagagem ele levou para a VI Oficina de Lucro Social, palestrando no primeiro dia do evento (15/6) para dezenas de interessados a conhecer mais o produto.
No roteiro de sua fala, foram apresentados e debatidos os conceitos envolvendo o controle do cronotacógrafo e os postos de verificação e reparo. Engenheiro Mecânico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisador tecnologista em Metrologia e Qualidade do Inmetro, ele deu uma verdadeira aula sobre o equipamento, abordando a parte de metrologia legal: controle, legislação, início das verificações subsequentes e situação atual. Foram também apresentadas as definições sobre o equipamento, características, funcionamento; o programa de verificação subsequente do equipamento, justificativas e a visão do uso no futuro digital.
Eduardo Ribeiro de Oliveira destacou a importância do equipamento quanto à instrução de medição em saúde, segurança, meio ambiente e transação comercial. E lembrou que o equipamento é vital para o controle de velocidade e distância desenvolvidos pelos veículos, controle do tempo e direção e de informações úteis em caso de acidentes.
Apresentação >>> VI OLS Eduardo
“Consultar as horas em relógio é pratica metrológica”, diz pesquisador Rodrigo Félix, na VI Oficina de Lucro Social
“Metrologia é a ciência da medição e suas aplicações. Esta definição consta do Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM), cuja versão em português é uma produção conjunta do Inmetro (Brasil) e do IPQ (Portugal). Tal definição, embora pareça simples, enseja uma infinidade de atribuições. O simples fato de consultar as horas em um relógio é uma prática metrológica”.
As preciosas informações fazem parte da palestra “Introdução dos conceitos de metrologia e como eles são utilizados na indicação de indicadores de lucro social”, ministrada pelo gerente técnico do Laboratório de Ultrassom da Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia (DIMCI), pesquisador tecnologista em Metrologia e Qualidade do Inmetro, Rodrigo Félix, na VI Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Transparência no Setor Público, realizada pelo Asmetro-SN- de 15 a 17/6, no Rio
Mestre em Engenharia Mecânica e doutor em Engenharia Biomédica pela COPPE/UFRJ, Rodrigo Félix transmitiu outras informações relevantes aos participantes, prestes a trabalhar na oficina com indicadores e resultados do lucro social: “Medir o comprimento de um objeto de qualquer natureza, mesmo que utilizando o “palmo” como unidade de medida, é uma atividade em metrologia”.
E acrescentou: “Claro que dosar adequadamente os insumos que irão compor um medicamento ou analisar os componentes de uma turbina de um gerador de energia hidroelétrica, com exatidão e precisão necessárias ao uso pretendido, são aplicações metrológicas”.
Foi uma verdadeira aula sobre assunto, mas transmitido de forma simples, objetiva: “Comprar um quilograma de carne no açougue ou duzentos gramas de pão na padaria são atividades que cotidianamente os consumidores realizam, igualmente sendo classificadas como atividades metrológicas. Como sabemos, a metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação”.
Segundo o especialista, na maioria das vezes, pratica-se metrologia sem sequer dar-se conta do uso desta nobre ciência. “Naturalmente, em um laboratório de avaliação da conformidade, tanto no meio acadêmico como no setor industrial, é bem mais clara a função precípua da metrologia, quer sendo efetivamente empregada, quer em estágio de desenvolvimento”.
Rodrigo Félix aproveitou para falar um pouco sobre o livro “Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Transparência e Gestão no Setor Público”, de autoria do secretário geral do Asmetro SN- Rodrigo Ozanan, que contou com a sua participação.
“A proposta deste livro é apresentar o conjunto de conceitos que ensejam o Lucro Social aplicado ao serviço público, bem como oferecer ao leitor as ferramentas necessárias para sua execução”.
A função do Lucro Social, segundo OZANAN (2020), é quantificar o retorno financeiro ou economia que a sociedade aufere a partir dos investimentos feitos pelo poder público em determinada área de atuação ou setor da economia. As ações podem ser diretas (fiscalização, regulação e controle) ou indiretas, resultantes de desdobramentos de suas ações.
Para Rodrigo Félix, o leitor atento já notou que a palavra-chave do Lucro Social é “quantificar”.
Outro tema que chamou a atenção dos participantes foram as informações históricas sobre a metrologia: O cientista considerado o patrono da metrologia é Lord Kelvin (1824–1907), nascido na Irlanda, ao cientista britânico foram atribuídas várias frases emblemáticas, ao longo de sua vida. Uma delas é, em tradução livre: “quando você pode medir e expressar em números, você sabe algo sobre o assunto; mas quando você não consegue expressar em números, seu conhecimento é escasso e insatisfatório”.
Ou seja, finalizou, sem medição não é possível agregar novos conhecimentos. “Não é diferente no Lucro Social. Assim sendo, a ciência da medição — e suas aplicações — é disciplina obrigatória para uma boa elaboração de um modelo de Lucro Social”.
Rodrigo Félix possui vasto currículo nacional e internacional. É autor de dezenas de livros e capítulos de livros, além de ser autor de mais de 80 artigos publicados em periódicos científicos. Ele também foi instrutor da Vi Oficina, e participou das anteriores.
Apresentação >>> VI-OLS Rodrigo
Instrutores abraçaram a causa – VI Oficina de Lucro Social
A VI Oficina de Lucro Social contou com a participação e o apoio de um grupo de instrutores, que permaneceu no evento para auxiliar e orientar os participantes na formação dos grupos e elaboração dos indicadores e resultados, esclarecendo questões e dúvidas sobre o tema.
Os instrutores, sempre bem humorados e dispostos a colaborar com o trabalho dos grupos, são: Marcelo Nascimento Moreira da Silva, Alex de Almeida Carvalho, pesquisadores tecnologistas em metrologia e qualidade; Henrique Araújo Alves, técnico e metrologia e qualidade; e o pesquisador Rodrigo Félix, que também participou do grupo. No final, eles e a equipe técnica do Asmetro-SN, foram aplaudidos.