Petrobras anuncia reajuste de preços de gasolina e diesel vendidos a refinarias
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) um ajuste de preços de gasolina A e diesel A para distribuidoras.
A mudança passa a valer a partir de terça-feira (26).
O preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, terá reajuste médio de R$ 0,21 por litro, passando de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro.
Nas bombas, essa mudança deve impactar em uma alta R$ 0,15 por litro, segundo a estatal. O cálculo considera a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos.
Para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro.
Nas bombas, essa variação deve refletir numa alta de R$ 0,24 por litro.
O cálculo leva em conta a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos.
Os reajustes haviam sido adiantados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo.
Defasagem dos preços
Mesmo com o aumento desta segunda-feira, vale dizer que ainda existe uma defasagem dos preços no Brasil em relação ao mercado externo.
Até ontem de manhã, essa defasagem chegava a 21% no caso da gasolina e de 19% no caso do diesel, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Isso sinaliza que, além desses reajustes, o mercado ainda pode ter novas altas. Além disso, existe a perspectiva de que o Petróleo continue se valorizando, já que os maiores produtores da commoditie têm dado sinalizações de que não vão aumentar a oferta no mercado global.
Crédito: Ligia Tuon
om informações de Priscila Yazbeck/Petrobras reajusta gasolina de novo, e alta acumulada no ano já chega a 73%. Diesel também sobe
A Petrobras anunciou reajuste dos combustíveis nesta segunda-feira. A gasolina vai subir 7% nas refinarias e o diesel, 9%. Os novos valores valem a partir desta terça-feira e, com eles, a gasolina já acumula alta de 73% no ano e o diesel, de 65,3%. As altas devem ter reflexos nos preços do frete, pressionando ainda mais a inflação.
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro vinha sinalizando que os combustíveis teriam novo aumento. No domingo, ele voltou a falar isso e disse que, diante do encarecimento do petróleo, não tinha como intervir na Petrobras e segurar os preços.
— Eu não tenho como interferir na Petrobras. Tenho falado com Guedes sobre o que vamos fazer com ela no futuro. A gente não vai interferir no preço de nada. Infelizmente pelos números do petróleo lá fora, infelizmente, nós teremos reajuste no combustível — disse Bolsonaro em entrevista coletiva ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, no domingo.
Desde o anúncio do último aumento da gasolina, em 8 de outubro, o petróleo já subiu quase 4%. Nesta segunda-feira, o barril do tipo Brent, referência no mercado internacional, segue em alta, cotado a US$ 86,35.
Com o reajuste de 7%, o preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, em média.
Para o consumidor final, o reajuste é diferente, pois reflete o lucro das distriuidoras e impostos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio da gasolina no país alcançou R$ 6,36 o litro na semana passada. Em algumas cidades, já passou de R$ 7.
Para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, em média a partir desta terça-feira.
Demanda atípica
Em nota, a estatal disse que “o alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro”.
Na semana passada, a Petrobras admitiu que poderia não atender a demanda das distribuidoras no mês que vem e passou a avaliar a importação de combustíveis para evitar o desabastecimento.
O dólar aumentou 2% desde o último reajuste da gasolina, fechando em R$ 5,6302 na última sexta-feira. Hoje, opera em queda, mas acima de R$ 5,60.
“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse a estatal em comunicado.
Crédito: Bruno Rosa/O Globo – @disponível na internet 26/10/2021