Na véspera da divulgação da primeira revisão do Orçamento deste ano, uma queda de braço opõe o Palácio do Planalto e Ministério da Economia.
Em jogo está o reajuste dos policiais federais, que vai custar ao governo R$ 1,7 bilhão. Simulações feitas pelos técnicos do ministério de Paulo Guedes indicam que não há recursos para pagar todos os programas já previstos e ainda bancar o aumento.
Bolsonaro, porém, avisou novamente nesta segunda-feira que não quer saber de onde virá o dinheiro. Quer que o reajuste seja pago de qualquer maneira. Para ele, o aumento dos policiais é sagrado.
Para se ter uma ideia do que isso representa, com a verba destinada ao reajuste salarial dos policiais seria possível cobrir todos os investimentos previstos no ano para os ministérios da Cidadania e da Mulher, comandados por João Roma e Damares Alves – ambos potenciais candidatos do bolsonarismo na eleição deste ano.
Assim, para atender os policiais, o governo terá de bloquear recursos de algum outro programa ou ministério para respeitar o teto de gastos.
O que a equipe de Guedes está tentando agora é encontrar de onde tirar os recursos. O resultado desse estica e puxa só se saberá hoje. A única certeza no momento é que, para os policiais federais ganharem, alguém vai ter que perder.
Crédito: Mariana Carneiro / Bolsonaro exige R$ 1,7 bi para reajuste de policiais federais, mesmo com cortes em áreas sociais no O Globo – @disponível na internet 22/03/2022
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