A reunião entre servidores públicos e o Ministério da Economia, na tarde desta sexta-feira (1º/4), para discurtir o reajuste salarial da categoria, terminou sem um acordo. Segundo os representantes da categoria, eles receberam “mais do mesmo” discurso.
As entidades de classe afirmaram que a postura do Ministério é lamentável. “Não houve nenhum avanço e as mobilizações devem se intensificar nas próximas semanas”, afirmou o presidente do Fonacate, Sérgio Ronaldo.
Já a Secretária de Políticas Educacionais e Culturais do Sinasefe, Elenira Vilela, disse que não houve resposta por parte do Ministério. “O governo anunciou que diria se vai abrir ou não a negociação neste dia 1° de abril. Era mentira, como esperado”, declarou. “O que na verdade o governo se propôs a fazer foi tentar colocar a responsabilidade da administração do orçamento nas nossas costas, além de empurrar um pouco da responsabilidade para cima do Congresso”.
Segundo Vilela, o que ocorre é que não há disposição do governo Bolsonaro em negociar em absolutamente nada com o serviço público. “Inclusive, enquanto essa reunião acontecia, foi publicado no Ministério da Economia, uma nota dizendo isso textualmente”, contou.
Durante a reunião, o Ministério da Economia publicou uma nota dizendo que não partiu da pasta marcar a reunião.
ESCLARECIMENTO DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Esclarecemos que não partiu do Ministério da Economia qualquer convocação formal dirigida às entidades representativas dos servidores públicos federais para reunião na tarde desta sexta-feira (1º/04), com o propósito de discutir a pauta de reinvindicações de reajustes salariais. Não obstante, a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, órgão central de gestão de pessoas do Governo Federal, segue atendendo às reuniões solicitadas pelas entidades, que vêm sendo realizadas de forma rotineira e fora do contexto formal de negociações.
Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP/ME)
Crédito: Fernanda Strickland / Correio Braziliense – @disponível na internet 02/04/2022
Governo chama reunião e diz que não vai abrir processo de negociação com servidores
Para representantes do Fonasefe, que integram o conjunto de servidores públicos federais, a postura é lamentável. “Falam uma coisa para a imprensa e quando chegam para a gente numa mesa de negociação afirmam que não está aberto processo de negociação para discutir questões remuneratórias. Uma decepção”, resumiu o secretário-geral da Condsef/Fenadsef.
Sérgio Ronaldo reforçou que o que resta ao conjunto dos servidores é continuar fortalecendo o processo de mobilização e intensificando a greve. O governo informou que o prazo para decidir sobre propostas para o funcionalismo é 2 de junho. “Estão achando que enganam a quem? Vamos intensificar nosso processo de mobilização para que o governo atenda nossas reivindicações”, concluiu o secretário-geral da Confederação.
Fonte: Condsef/Fenadsef. 02/04/2022
Ao invés de cobrar do governo federal, deveriam cobrar dos parlamentares que aprovaram um fundo partidário indecente. Com esse dinheiro o funcionário público poderia ter seu aumento garantido