A dança dos influencers

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@istoé dinheiro

Tik Tok avança entre os influenciadores financeiros e de investimentos e a tendência é por vídeos cada vez mais curtos.

O tempo das longas lives de educação financeira no ¥ouTube podem estar com os dias contados. A tendência daqui para frente é por vídeos sobre investimentos no Tik Tok. Segundo o último relatório Finfluence da Anbima, para fisgar a audiência, a rede social aposta em vídeos de curta duração em uma tendência pedagógica e menos aprofundada dos temas, tornando os conteúdos mais dinâmicos e abrindo caminho para que o mercado financeiro alcance novos públicos e formatos, sem deixar de lado plataformas já consolidadas. “Há espaço para tudo, para vídeos longos de educação financeira no Youtube, mas também para vídeos curtos no Tik Tok para um público bem mais jovem”, disse Amanda Brum, gerente-executiva de Comunicação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). “Na bolha que analisamos, vimos o reaproveitamento de conteúdo de outras mídias para o Tik Tok”, disse.

Entre os novos adeptos da rede social, o influenciador Fabrizio Gueratto. Ele atua em diversas plataformas e tem no Instagram sua principal audiência, mas reconhece o aumento mais expressivo no Tik Tok. “A tendência é por vídeos cada vez mais curtos”, disse. “O Tik Tok é onde se cresce mais rápido. Postei um vídeo na sexta-feira que rendeu mais 250 mil views (visualizações) em três dias”, afirmou.

“Depende da sua capacidade de síntese em shorts, mas é a plataforma onde se cresce mais rápido em views” Fabrizio Gueratto Influencer @divulgção.

Esse é um cenário bem diferente de 2020 e 2021, época em que o público estava em isolamento em casa assistindo até algumas horas de lives sobre investimentos e tentando ganhar dinheiro com ações na Bolsa, após o crash dos mercados entre fevereiro e abril de 2020 causado pelo inicio da pandemia.

Como resultado daquele período, o mercado teve um boom de influencers financeiros que atraem público como celebridades da música, da TV e dos esportes. Ao todo, eles reúnem 94,1 milhões de seguidores nas redes sociais e recebem uma média de 1,3 mil interações por postagem publicada. “Quando começamos a fazer o Finfluence (em 2020) se pensava que isso era uma bolha, que ia passar. Mas agora na terceira edição já é possível afirmar que eles (os influenciadores) vieram para ficar”, disse Brum. Os investimentos preferidos das pessoas no Finfluence é a poupança, uma vez que elas “engajam mais sobre o que já conhecem. Já os influenciadores falam mais de renda variável”, concluiu Brum, sobre o interesse do público.

Crédito: Fagundes Schandert / IstoÉ Dinheiro – @ disponível na internet 22/10/2022

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