Inmetro terá dois novos sistemas de espectrometria de massas de alta resolução. Brasil assume protagonismo na discussão sobre o uso do grafeno

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Campus "Dr. Armênio Lobo da Cunha Filho - Inmetro/Xerém

Inmetro aprova projeto na Finep para aquisição de dois novos equipamentos de grande porte

Novos sistemas são utilizados para a identificação e quantificação de moléculas em diversos tipos de amostras, com aplicações nas análises forenses, biológicas, alimentos, proteínas, produtos naturais de interesse comercial.
 
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O Inmetro obteve importante apoio para modernização da infraestrutura laboratorial, com a aprovação de um novo projeto, com fomento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a aquisição de dois novos sistemas de espectrometria de massas de alta resolução. Esses equipamentos são utilizadas para a identificação e quantificação de moléculas em diversos tipos de amostras, inclusive as de alta complexidade, com aplicações nas análises forenses, biológicas, alimentos, proteínas, produtos naturais de interesse comercial. São equipamentos fundamentais para o desenvolvimento de métodos analíticos que dão suporte à indústria nos mais diversos setores.

“Estamos comemorando muito a conquista, que terá impacto positivo para a área de metrologia química e biológica do Brasil, sobretudo para o nosso Centro de Equipamentos de Alta Tecnologia do Inmetro para uso Multiusuário (CEATIM). O projeto foi um grande esforço conjunto de uma equipe da DIMCI (Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia), incluindo a Cobio (Coordenação-Geral de Biologia), a Dquim (Divisão de Metrologia Química) e a Dimat (Divisão de Metrologia de Materiais), além do apoio de várias instituições colaboradoras, que serão usuárias dos equipamentos”, comentou a Dra. Maíra Fasciotti, pesquisadora-tecnologista do Laboratório de Análise Orgânica da Divisão de Metrologia Química e uma das integrantes do projeto.

Denominado ‘Modernização da tecnologia de espectrometria de massas de alta resolução do INMETRO: atendendo às novas demandas da metrologia química e biológica’, o projeto foi aprovado na chamada pública do FINEP-PROINFRA, uma das mais tradicionais e importantes da Finep/MCTI, para concessão de apoio financeiro à aquisição de equipamentos. O fomento é de R$ 4.993.255,20 e é coordenado pelo professor Dr. José Mauro Granjeiro. O recurso já foi liberado e a etapa de aquisição dos dois equipamentos está em andamento.

O Inmetro tem diversos projetos estratégicos para a Instituição e para o país, em que a utilização desses equipamentos será fundamental, além da possibilidade do uso deles por usuários externos no âmbito do CEATIM, seja por outros centros de pesquisa, universidades ou indústrias.


Brasil assume protagonismo na discussão sobre o uso do grafeno

Inmetro amplia debate e Grupo de Trabalho apresenta importantes avanços
 
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Foi realizada nesta sexta-feira, com transmissão online, a primeira reunião de 2023 do Fórum Grafeno Inmetro, grupo de trabalho formado por especialistas para discutir de forma geral as aplicações do grafeno, um dos materiais mais pesquisados do mundo e que irá revolucionar a indústria nos próximos anos. O encontro representa um marco para o país, com impacto em diversos setores da indústria brasileira, que passa a contar com apoio do Instituto para utilização do material em seus produtos.

Joyce Araujo, pesquisadora da Divisão de Metrologia de Materiais, do Inmetro, abriu as manhãs de discussão, que reuniu divers players do mercado, entre empresários, academia e cientistas e estudiosos. “A discussão é importante para propiciarmos a confiança que as empresas e indústria precisam, a começar pela normalização, e seguirmos com a agenda do grafeno, como a caracterização e as questões tarifárias”, comentou.

Diego Piazza, da UCS Graphene, apresentou os “Aspectos tributários envolvendo a comercialização de produtos à base de grafeno”, em que ele expôs o passo a passo o percurso para viabilizar a comercialização do produto dentro de bases tributárias seguras. “Classificado como grafite artificial, passíveis de tributação desde que em matéria prima majoritária”, comentou.

Segundo Marco Colósio, da General Motors, o Brasil tem a oportunidade de liderar uma discussão global, que já é muito forte na Inglaterra e começa a ganhar corpo na China, e ter um diferencial competitivo internacional.

Primeira norma em 2023 – Pesquisador do Inmetro, Erlon Ferreira traçou um panorama da normalização no país, e destacou a importância da primeira norma brasileira sobre caracterização de grafeno (ABNT ISO/TS 21356-1), publicada em 2023 pelo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), um passo importante para a homologação de produtos à base de grafeno. Foram discutidas ainda, a “Rede de apoio em inovação para produção e controle de qualidade industrial em aplicações de grafeno”, por Oleksii Kuznetsov e “Metrologia de grafenos para a indústria”, apresentação de Luis Gustavo Cançado (UFMG) e Cassiano Rabelo (FabNS).

Foi apresentada ainda uma iniciativa inovadora, a “Fabricação de um resistor padrão a partir de masterbatches poliméricos baseados em grafeno e nanotubos de carbono aplicados a dispositivos e sensores de termoplásticos, termofixos e elastômeros”, por Claudemir Gracino, da Skintech Tecnologia & Comércio Ltda.

Por fim, foi apresentado o Projeto Inova Grafeno, que prevê o ‘Desenvolvimento de material de referência de óxido de grafeno para certificação de produtos industriais’ e definido um calendário de ações e reuniões no ano. 

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 30/03/2023

 

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