Entenda por que pets são grandes aliados da longevidade

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@reprodução / megacurioso

Ciência comprova que convívio com animais de estimação estimula hábitos saudáveis, além de reduzir riscos de doenças cardíacas, diabete e demência

Todo mundo conhece alguém que ficou mais sociável depois que passou a conviver com um animal de estimação. A mudança de comportamento não é coincidência nem acaso. A relação entre seres humanos e bichos domésticos promove melhora da ansiedade, reduz o diabetes e o risco de desenvolver demências, entre outros benefícios.

Rita Ericson, veterinária, mestra em Comportamento Animal e apaixonada por bichos, com um dos seus animais de estimação, o gato Pluft — Foto: DIVULGAÇÃO— Cuidar de outro ser, seja um periquito ou um cavalo, tem um monte de benefícios, especialmente do ponto de vista psiquiátrico — afirma Rita Ericson, veterinária e mestra em Comportamento Animal.

Rita Ericson, veterinária, mestra em Comportamento Animal e apaixonada por bichos, com um dos seus animais de estimação, o gato Pluft @DIVULGAÇÃO

Autora do site Bicho Saudável, Rita explica que esse cuidado traz sentido para a vida:

— Quando um paciente que não consegue sair da cama tem alguém dependendo dele, precisa tirar forças sabe-se lá de onde para oferecer cuidados àquele ser. E o simples fato de se responsabilizar por aquela vida faz com que ele se sinta melhor.

Foi assim com a ilustradora Patricia Sodré. Morando há cinco anos em Portugal, ela andava cabisbaixa desde a pandemia de Covid-19. A filha estava crescendo; o pai, longe; o mundo, em crise. No fim desse período, a ilustradora viu sua criatividade desaparecer. Para piorar, começou a ter ataques recorrentes de pânico noturno.

— Durante cinco meses, tive o mesmo pesadelo todas as noites. Sonhava que morria e acordava completamente desesperada — lembra.

Ilustradora Patrícia Sodré — Foto: Divulgação
Ilustradora Patrícia Sodré — Foto: Divulgação
O meu desejo de ter aquele gatinho no meu colo nos momentos mais difíceis por que passei na vida fez toda a diferença”
Demorou, mas ela conseguiu buscar ajuda profissional. Três meses depois, ganhou do marido um gato preto machucado na cabeça, o Furinho. E, aos poucos, voltou a ver cores em suas telas.

— O meu desejo de ter aquele gatinho no colo nos momentos mais difíceis fez toda a diferença — conta Patricia.

E ela, que nunca tinha desenhado animais, começou a pintar o Furinho. A ilustração virou uma série, cuja renda é dividida com ONGs que cuidam de animais.

— Quando a gente passa a ajudar, para de focar no nosso problema para olhar o dos outros – conclui.

Segundo a geriatra e psiquiatra Roberta França, a mudança acontece até com quem nunca foi ligado em pets:

— É comum pessoas que dizem não gostar de animais ganharem um e, de repente, aquilo passar a ser um ponto de luz na vida delas. Melhora a solidão, a ansiedade e a angústia.

E não só. Uma pesquisa publicada pela American Heart Association observou que ter um animal de estimação estimula a prática de hábitos saudáveis, como caminhar e realizar atividades ao ar livre, além de reduzir diabetes e doenças cardíacas.

Roberta França, geriatra e psiquiatra — Foto: Arquivo pessoal
Roberta França, geriatra e psiquiatra — @ Arquivo pessoal
É comum pessoas que dizem não gostar de animais ganharem um e, de repente, aquilo passar a ser um ponto de luz na vida delas. Melhora a solidão, a ansiedade e a angústia”
— Roberta França geriatra e psiquiatra

Outra, publicada na revista científica do Preventive Medicine Reports, indica que pessoas de 65 anos ou mais que cuidam de cães têm 40% menos chance de desenvolver demência.

Uma terceira pesquisa, da Universidade de Michigan (EUA), observou que as funções cognitivas dos idosos que têm animais de estimação diminuem em um ritmo mais lento em comparação com os que não têm.

É preciso, no entanto, fazer uma distinção entre os cães, que são espécies sociais, e os outros animais domésticos.

— O cachorro é considerado um lubrificante social porque ele gera conversa. É impossível sair na rua e não ter alguém que pergunte o nome, a idade dele — explica Rita.

Entre as vantagens de ter cachorro está o fato de ele precisar passear, o que acaba tirando os donos do sedentarismo.

Isso não quer dizer, no entanto, que outros animaizinhos não ampliem sua rede de contatos. Donos de gatos, por exemplo, adoram curtir e compartilhar fotos de suas mascotes na internet.

É comum pessoas que dizem não gostar de animais ganharem um e, de repente, aquilo passar a ser um ponto de luz na vida delas. Melhora a solidão, a ansiedade e a angústia”
— Roberta França geriatra e psiquiatra

Adoção consciente

É importante ter atenção na hora de escolher seu melhor amigo. Antes de se decidir, é fundamental avaliar se a pessoa tem capacidade de cuidar daquele animal — ou se há outra pessoa na casa disposta a abraçar essa tarefa.

Aqui, vale observar que cachorro dá mais trabalho e requer maior disposição física. Gato é mais independente.

— Eu não recomendaria, por exemplo, um labrador, que é uma raça mais estabanada, para um idoso com dificuldade de locomoção porque ele pode ser derrubado — afirma Roberta.

Nesse caso, cães de menor porte são, em geral, mais recomendáveis. Fervorosa defensora da adoção de animais adultos, especialmente cachorros, Rita sugere optar por bichos a partir de 1 ano:

— Não dá para prever o comportamento de um filhote. Os mais velhos você já sabe se são dóceis, se gostam de outros bichos, se brincam muito…

E as vantagens não param por aí.

— Eles já vêm acostumados com o uso de coleiras, não vão roer a casa toda e aprenderam a fazer xixi no lugar certo — alerta a veterinária.

Sem contar que têm menos energia — e o mesmo tanto de amor para dar.

Crédito: Brasdesco Seguro na coluna Longevidade / O Globo – @ disponível na internet 01/03/2024

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