Governo assina acordo com servidores do INSS e espera fim de greve

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@reprodução metropoles

Acordo foi assinado com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social. Outras entidades podem assinar nos próximos dias

Confirmando a previsão, o governo Lula (PT) assinou no fim da tarde desta quarta-feira (28/8), acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e espera pôr fim à greve no instituto, que já dura mais de um mês e meio.

A negociação foi destravada após intermediação direta do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto.

A assinatura do acordo ocorreu no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), pasta responsável pelas negociações com o funcionalismo. O governo tinha pressa em assinar o acordo porque é necessário incluir na peça orçamentária de 2025 o impacto dos reajustes firmados.

Judicialização

Iniciada em 16 de julho, a greve foi marcada por uma queda de braço entre os servidores e o governo, que judicializou a greve e determinou o corte de ponto de dias não trabalhados. O governo justificou que os serviços prestados no âmbito do INSS são de natureza essencial e não poderiam parar.

Após ser acionado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a greve dos servidores do INSS não afete os serviços essenciais, sendo necessário que cada agência funcione com, no mínimo, 85% das equipes. O desrespeito à decisão está sujeito à multa diária de R$ 500 mil.

O INSS é o responsável por benefícios previdenciários como aposentadorias, salário maternidade, benefícios por incapacidade provisória, incapacidade permanente, pensões por morte, benefício assistencial à pessoa com deficiência e à pessoa idosa (BPC), e outros.

Sem o funcionamento das agências da Previdência Social, a realização das perícias médicas e a análise dos requisitos para concessão dos benefícios por incapacidade e assistenciais ficam impossibilitadas.

Crédito: Flávia Said / EXTRA – @ disponível na internet 29/8/2024

3 COMENTÁRIOS

  1. Uma vergonha nacional a greve do INSS, deixando a população à deriva, pessoas na sua maioria humildes, que necessitam ter suas solicitações atendidas pra ontem, vergonha e indignação, ainda querem ser considerados carreira especial, com reconhecimento de carreira típica de estado, sei que não é possível mas se fosse, colocaria todo mundo no olho da rua, isso é o que eles merecem.

  2. A greve não acabou. É mentira do Presidente do INSS que tenta a todo custo desmobilizar a categoria. O governo forçou a a assinatura de um acordo onde a CNTSS que é uma entidade pelega que não representa a categoria assinou e não consultou ninguém ( nenhum servidor). Quem representa os servidores é a FENASPS e a CONDSEF. A greve continua firme e mais forte ainda contra a mentira e a falta de caráter dos dirigentes do INSS até que cumpram o acordo de greve de 2022.

  3. A despeito do sucateamento do INSS, espero que os servidores adquiram boa vontade depois dessa paralização e prestem um serviço decente à população que nada tem a ver com os problemas estruturais.
    A má vontade dos servidores é patente há décadas e isso parece que está longe de mudar, nem se a população fizer greve.

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