Nova bomba de combustível é imune a golpes como o do PCC e será obrigatória

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A bomba criptografada custa entre 20% e 30% mais que a tradicional e será obrigatória em todos os postos do Brasil a partir de 2029 Imagem: Ipem… - Veja mais em https://www.uol.com.br/carros/colunas/paula-gama/2025/09/04/bomba-a-prova-de-migue-quer-por-fim-ao-velho-golpe-do-posto-de-gasolina.htm?cmpid=copiaecola

Na semana passada, a maior operação já realizada contra o crime organizado no setor de combustíveis revelou algo que, para muitos motoristas, era apenas desconfiança: fraudes em postos vão muito além de gasolina batizada ou desconto duvidoso.

Nomeada de Carbono Oculto, a força-tarefa envolveu 1.400 agentes de diferentes órgãos e atingiu 350 alvos em oito estados. O esquema fraudulento, ligado ao PCC, movimentava bilhões em sonegação, lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis e bombas de abastecimento.

Uma das fraudes identificadas em postos que, segunda a polícia, seriam controlados pela facção criminosa é o chamado “golpe da bomba baixa”, que consiste em modificar o equipamento para que forneça menos combustível do que a quantidade informada no respectivo painel. Um novo tipo de bomba, que já está ganhando espaço nos postos, é virtualmente imune a esse tipo de golpe.

Trata-se da bomba medidora criptografada, tecnologia brasileira que será obrigatória nos postos de todo o Brasil a partir de 2029

Como a nova Bomba funciona

Hoje, três fraudes principais rondam o abastecimento: a sonegação de impostos (que foi parcialmente cercada com mudanças na tributação do setor), a adulteração do combustível (com adição irregular de substâncias como metanol) e a fraude na medição do combustível – justamente a mais difícil de ser detectada. É essa última que a nova bomba previne.

O golpe da “bomba baixa” funciona assim: chips ou dispositivos eletrônicos são instalados para manipular os pulsos de medição entre o medidor e o visor da bomba. Na prática, o visor mostra 40 litros, mas o tanque recebeu menos. O motorista paga o valor informado no painel, sem perceber que foi enganado.

As bombas criptografadas impedem esse tipo de interferência. Elas contam com assinatura digital inviolável, que valida cada abastecimento com um “carimbo” eletrônico.

Se houver qualquer tentativa de adulteração, a bomba trava ou exibe uma mensagem de erro. A tecnologia ainda permite monitoramento remoto, tem memória inviolável e impede o acesso aos cabos de automação, os pontos mais visados por fraudadores

Como saber quais postos já tem a nova Bomba

Em São Paulo, essa tecnologia já está presente em 171 postos do estado (sendo apenas 15 na capital) com um total de 445 bombas instaladas.

Uma campanha, batizada de Bomba Segura, liderada pelo Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas), criou uma ferramenta para o consumidor identificar onde estão os postos que oferecem esse tipo de proteção.

Em São Paulo, essa tecnologia já está presente em 171 postos do estado (sendo apenas 15 na capital) com um total de 445 bombas instaladas.

Uma campanha, batizada de Bomba Segura, liderada pelo Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas), criou uma ferramenta para o consumidor identificar onde estão os postos que oferecem esse tipo de proteção

O painel interativo está disponível no site do Ipem e permite buscar por cidade quais locais já têm bombas criptografadas e certificadas conforme as regras do novo regulamento técnico metrológico (RTM 227/2022)

  • Quanto custa a Bomba Criptografada
  • Como não cair em golpes

Crédito: Paula Gama / Colunista do UOL – @ disponível na internet 5/9/2025

Leia a íntegra da matéria >>> www.uol.com.br/carros/colunas/paula-gama/2025/09/04/bomba-a-prova-de-migue-quer-por-fim-ao-velho-golpe-do-posto-de-gasolina.htm

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