O ano de 2025 chega ao fim com o funcionalismo público ainda imerso em um cenário de expectativas, marcado por incertezas e pela ausência de um horizonte claro quanto à chamada Reforma Administrativa.
O tema segue no centro do debate político, mas permanece sem definição concreta, projetando seus desdobramentos para 2026 — ano que também será atravessado por uma eleição presidencial, fator que naturalmente influencia o ritmo e a profundidade das decisões estruturais do Estado brasileiro.
Nesse contexto, os servidores públicos encerram o ano atentos a três eixos centrais: reajuste salarial, reestruturação de carreiras e reforma administrativa.
No âmbito do Executivo federal, está assegurada para abril de 2026 a segunda e última parcela da recomposição salarial pactuada com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), fruto de negociações realizadas ainda em 2024.
Embora represente um alívio parcial, o reajuste não elimina as perdas acumuladas ao longo de anos, reforçando a necessidade de continuidade do diálogo e da mobilização.
Outras categorias acompanham projetos específicos em tramitação, como o PL nº 4.750/2025, que trata da recomposição salarial no Judiciário, e iniciativas voltadas à reestruturação de carreiras no âmbito do Executivo, a exemplo do PL nº 6.170/2025, que dá continuidade à Lei nº 15.141/2025 e impacta diretamente a gestão de cargos e estruturas no serviço público federal.
Paralelamente, programas como o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), no INSS, retornam em 2026 após interrupções orçamentárias, evidenciando a instabilidade que ainda marca políticas de incentivo e gestão por desempenho no setor público.
Já a Reforma Administrativa, materializada na PEC nº 38/2025, permanece como uma grande incógnita. Apesar de reunir o número mínimo de assinaturas para tramitação, a proposta enfrenta resistências, pedidos de retirada de apoios e um ambiente político cauteloso. O debate foi, mais uma vez, postergado, ampliando a sensação de insegurança institucional entre os servidores.
O envolvimento do ASMETRO-SI
Nesse cenário, o ASMETRO-SI mantém atuação firme, técnica e responsável, acompanhando de perto a tramitação das propostas no Congresso Nacional, dialogando com parlamentares, participando dos fóruns de negociação e defendendo, de forma intransigente, os interesses dos servidores do Inmetro.
O sindicato tem reafirmado sua posição histórica: modernizar o Estado não pode significar fragilizar carreiras, reduzir direitos ou comprometer a capacidade técnica das instituições públicas.
Ao contrário, qualquer reforma deve fortalecer o serviço público, valorizar seus quadros e garantir condições adequadas para que órgãos estratégicos, como o Inmetro, cumpram sua missão institucional em benefício da sociedade.
À medida que 2026 se aproxima, o ASMETRO-SI seguirá vigilante, atuante e comprometido com a defesa do diálogo, da valorização profissional e da construção de soluções que assegurem previsibilidade, justiça e sustentabilidade ao serviço público federal.
O próximo ano será decisivo — e a organização coletiva continuará sendo o principal instrumento para transformar expectativas em avanços concretos.
Diretoria Executiva do ASMETRO-SI 22/12/2025













