Manifestações pró e contra a presidente Dilma foram realizadas em pelo menos 10 Estados neste domingo, atraindo em sua maioria um número reduzido de pessoas, à medida que se aproxima a votação no Senado Federal que irá decidir se a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade e deve ser afastada definitivamente do cargo ou não.
No Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos, centenas de manifestantes pacíficos marcharam na praia de Copacabana, para exigir a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff.
Em São Paulo, milhares de manifestantes a favor do impeachment se reuniam na avenida Paulista nesta tarde, enquanto os contrários ao impeachment e ao presidente interino, Michel Temer, se reuniam no Largo da Batata, segundo a Globonews.
Nenhuma das manifestações neste domingo conseguiu reunir tantas pessoas quanto os protestos dos últimos anos, quando centenas de milhares tomaram as ruas em protesto contra a corrupção e o governo.
Os manifestantes no Rio, alguns com a bandeira do Brasil caída sobre os ombros e quase todos vestindo as cores verde e amarelo, gritavam “Fora Dilma! Fora a corrupção!”
Essas mesmas mensagens foram escritas em inglês para atrair a atenção dos turistas estrangeiros, que chegavam em grande número à praia de Copacabana. Cerca de 500.000 pessoas são esperadas no Rio para participar primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul entre 05 e 21 de agosto.
“Esta é uma festa de aquecimento, você poderia dizer, para nós mantermos a pressão sobre o Senado … para mostrar que o povo brasileiro não aceitará que Dilma Rousseff permaneça no poder”, disse Carlos Carvalho, um dos organizadores do protesto no Rio.
Também houve protestos em várias partes do país contra o presidente interino, Michel Temer, de acordo com a TV Globo. Temer reconheceu recentemente que provavelmente será vaiado durante a abertura Jogos na sexta-feira, enquanto Rousseff decidiu não participar da cerimônia.
Dilma está enfrentando um processo de impeachment por supostamente ter violado as leis orçamentárias. A votação final no Senado deve ocorrer no final de agosto ou início de setembro.
Crédito: Reuters Brasil – disponível na web 01/08/2016