Apura-se a compra de terreno de 40 mil metros no Park Way, bairro nobre, por mais de R$ 3 milhões
Procuradores do Ministério Público do DF e policiais da 5ª DP de Brasília investigam uma bomba com dinheiro do servidor público federal. O alvo é o Sinagências – Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação.
Apura-se a compra de terreno de 40 mil metros no Park Way, bairro nobre, por mais de R$ 3 milhões – os diretores não mostraram uma escritura, segundo denunciantes, e boa parte do terreno fica numa Aérea de Proteção Ambiental.
A Polícia investiga a criação, por dois dirigentes, da Cooperativa Habitacional Bandeirante, que já recebeu mais de R$ 1,8 milhão em repasses para a construção de um edifício residencial que não saiu da planta.
Puxa o extrato – MP e Polícia focam no ‘contrato de gaveta’ no terreno do Park Way para uma sede e as suspeitas de que o dinheiro para a cooperativa habitacional paguem despesas pessoais.
Atropelados – O convênio com a cooperativa habitacional foi feito pela cúpula, sem a devida aprovação em assembleia. O caso chegou à Polícia em dezembro de 2015. E segue.
O chefão – O Sinagências tem associados em todas as agências reguladoras, como Anatel, ANTT, Antaq, Anac, etc, e seu presidente é João Maria Medeiros de Oliveira, ligado ao PT.
Tem mais – Consta também nos autos um misterioso cheque de R$ 100 mil de repasse para a Ansevs, em 2011, um antigo sindicato das categorias que já encerrara suas atividades.
Radiografia – João Maria disputou vaga de deputado federal em 2014, sem sucesso. O Sinagências é ligado à CUT, e a investigação também mira suas ligações com o PT e a central. O Sinagências arrecada cerca de R$ 3 milhões por ano e tem mais de 2,5 mil sindicalizados, do total de aproximadamente 11 mil servidores em todo o País.
Silêncio – Durante oito dias, a Coluna tentou contato com o Sinagências por telefonemas e quatro e-mails enviados, sem resposta. Uma secretária informou que um diretor não abriria o e-mail informado no site. Publicamente, os dirigentes espalham que são alvos de perseguição política, por causa de um racha nas categorias.
Crédito: O Dia – disponível na web 18/10/2016