Balança comercial brasileira fecha 2016 com superávit recorde de US$47,7 bilhões.

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A balança comercial brasileira terminou 2016 com superávit recorde de 47,692 bilhões de dólares, após saldo positivo de 19,685 bilhões de dólares registrado no ano anterior, informou nesta segunda-feira o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que espera, para 2017, um superávit comercial em patamar semelhante ao do ano passado, mas como crescimento de exportações e importações

O recorde anterior havia sido registrado em 2006, um superávit de 46,45 bilhões de dólares.

Em dezembro, o saldo da balança comercial foi positivo em 4,415 bilhões de dólares.

O saldo recorde no ano foi impactado por uma redução de cerca de 20 por cento nas importações entre janeiro e dezembro do ano passado, em um momento de forte recessão econômica no país. As importações em 2016 ficaram em 137,5 bilhões de dólares, ante os 171,4 bilhões de dólares registrados em 2015.

As exportações no ano também caíram, para 185,2 bilhões de dólares no ano passado, ante os 191,1 bilhões exportados em 2015.

Para 2017, o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Abrão Neto, acredita em aumento tanto das exportações quanto das importações, em um cenário de retomada da economia brasileira e de crescimento da economia mundial.

Um fator que deve contribuir para o resultado do ano que vem é a expectativa de melhora nos preços das commodities minerais em 2017, disse Neto, lembrando que nos últimos meses de 2016 já houve recuperação nas cotações do petróleo e dos minérios.

As exportações brasileiras de minério de ferro e seus concentrados em 2016 atingiram um volume recorde de 373,962 milhões de toneladas, aumento de 1,7 por cento em relação a 2015.

Mas a receita com os embarques de minério de ferro e seus concentrados, um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil, caiu 6 por cento, para 13,289 bilhões de dólares, por causa dos preços mais baixos dos produtos ao longo do ano.

Abrão Neto destacou que a conta petróleo teve um inédito superávit, de 410 milhões de dólares, em 2016, mas destacou que isso é um resultado “conjuntural”. “Isso diz respeito a fatores específicos que ocorreram em 2016, como a redução do preço do petróleo, o aumento das exportações de petróleo bruto e a redução nas importações. A curto e médio prazo o Brasil deve continuar sendo importador”, disse.

No ano passado, o dólar registrou desvalorização de 17,7 por cento sobre o real. Por outro lado, os brasileiros vêm enfrentando a forte recessão econômica e mostram menos disposição para comprar e investir.

“A expectativa do mercado é de manutenção da taxa de câmbio em 2017”, disse Neto.

No último mês do ano as exportações atingiram 15,941 bilhões de dólares, com as importações chegando a 11,525 bilhões de dólares.

Os produtos industrializados mantiveram-se à frente das exportações, correspondendo a 55 por cento do valor exportado entre janeiro e dezembro, seguido dos bens básicos, com 42,7 por cento.

Crédito: Leonardo Goy/Reuters Brasil – disponível na web 03/01/2017 

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