Até domingo a Condsef/Fenadsef realiza seminário para planejar sua estrutura (secretarias e departamentos) e ações que vão nortear a luta em defesa de direitos e reivindicações dos servidores de sua base nos próximos anos. À tarde, o Dieese apresentou o resultado de uma pesquisa feita durante o congresso da Confederação, dezembro passado, em Cuiabá, com mais de 1.500 servidores. A pesquisa traçou um perfil da maioria dos servidores do Executivo. De manhã, a vice-presidente da CUT, Carmen Helena Foro, e a deputada Erika Kokay participaram da abertura do seminário. Foro e Kokay falaram sobre a importância da mobilização permanente da classe trabalhadora para enfrentar esse momento de profunda crise política e econômica que o Brasil atravessa.
O seminário já é um aquecimento para as atividades que vão movimentar Brasília na próxima semana. Além de seguir buscando a derrubada das reformas da Previdência e Trabalhista e projetos que retiram direitos da classe trabalhadora, a Condsef/Fenadsef e suas filiadas participam da grande ocupação que deve reunir mais de 100 mil trabalhadores na quarta-feira, 24, em Brasília.
Hoje, relator do projeto que desmonta a CLT anunciou que sua tramitação no Senado está suspensa. Num momento em que o caos da crise política atormenta todas as chances de reação para superar também a crise econômica, o Brasil não pode admitir que reformas que massacram direitos da classe trabalhadora sejam aprovadas. Representantes do governo ilegítimo e também parlamentares na Câmara e no Senado já admitem que não deve ser possível aprovar as reformas nos próximos meses após os últimos acontecimentos do cenário político.
A crise política no Brasil ganhou mais um capítulo na tarde de quinta, 17, após divulgação de provas apresentadas pelo dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, de que o presidente ilegítimo Michel Temer deu aval para o pagamento de propina que garantiria o silêncio de Eduardo Cunha sobre envolvimento no golpe que culminou no impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff. O senador Aécio Neves, já afastado do cargo por ordem do ministro do STF Edson Fachin, também foi pego em grampo combinando o recebimento de propina da empresa.
Os acontecimentos lançam novamente o Brasil em um cenário de incertezas. De um lado a possibilidade de que eleições indiretas aconteçam e o Congresso, com parlamentares envolvidos até o pescoço em denúncias, escolha o próximo presidente do País. De outro a maioria da população que clama por eleições diretas e quer a retirada imediata de reformas como a Trabalhista e da Previdência. Há ainda a possibilidade de que o governo ilegítimo se sustente já que foi instalado justamente para entregar a aprovação de reformas que retiram direitos da população.
Condsef/Fenadsef 20/05/2017