ANM e FINEP firmam convênio para a construção do Centro da Memória Médica.

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A Academia Nacional de Medicina, instituição científico-cultural mais antiga em funcionamento no Brasil e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), firmaram, na última quinta-feira (25), convênio que prevê apoio institucional para financiar parte da construção do chamado “Centro da Memória Médica”, que já está em andamento, e que abrigará o Museu, Arquivo e Biblioteca da quase bicentenária instituição.

A história da Academia Nacional de Medicina confunde-se com a história do Brasil, sendo instituição ativamente atuante na evolução da prática da medicina no país. Fundada sob o reinado do imperador D. Pedro I, em 30 de junho de 1829, tem como principais objetivos contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do Governo Brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.

O Museu da Academia Nacional de Medicina, dedicado a divulgar a memória da Medicina no Brasil, possui cerca de 1.600 peças divididas em nove coleções: instrumentos médicos, artes plásticas, filatelia, artes decorativas (mesas e cadeiras datadas da época do Império), coleção de óculos (composta por pares de óculos pertencentes a médicos, escritores, intelectuais e políticos). Já a Biblioteca possui aproximadamente 11 mil títulos nacionais e estrangeiros, que englobam livros, teses da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Anais da Academia Nacional de Medicina (periódico mais antigo do Brasil em publicação) e obras raras, como o Erário Mineral, o mais antigo livro sobre Medicina editado no Brasil, de autoria do Dr. Luís Gomes Ferreira, datado de 1735. Este acervo, que faz parte do patrimônio cultural do Brasil, será o principal objeto de preservação do Centro da Memória médica, objeto do convênio.

A construção do Centro da Memória Médica é considerada uma etapa vital da conservação e divulgação deste acervo, proporcionando estrutura física e visibilidade para o mesmo.Sua construção, considerada principal justificativa para a doação do terreno que abriga a sede da instituição, foi pleiteada por inúmeras administrações da Academia, que, com intenso trabalho, lograram a assinatura deste convênio. Apesar do reconhecimento da importância da manutenção do acervo histórico pertencente à Academia Nacional de Medicina, a falta de estrutura física para seu correto armazenamento e até o desconhecimento da maioria da população sobre sua história foram as principais justificativas apresentadas à Finep para a construção do Centro. Além deste fato, a Academia reforçou a necessidade de democratização do acesso da população a este acervo de importância histórica imensurável, destacando a importante vertente educacional do projeto, que envolverá a realização de atividades voltadas para atingir jovens estudantes de todas as classes sociais, visando o aumento do interesse pela área da saúde.

O anúncio da aprovação do convênio foi feito na última Sessão Plenária, com a presença de estudantes e Acadêmicos, incluindo do Acad. Wanderley de Souza, Diretor de Projetos e que representou a presidência da Finep na assinatura da minuta do convênio. Além do Acadêmico Francisco Sampaio, os Acadêmicos Pietro Novellino (ex-Presidente da instituição), Marcello Barcinski e Eliete Bouskela assinaram como testemunhas.

O Centro da Memória Médica ficará localizado na Avenida General Justo, 375, vizinha à sede da Academia Nacional de Medicina, no Centro do Rio de Janeiro.

Crédito: Matéria publicada dia 02/06/2017 no JB Online – disponível na internet 05/06/2017

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