CCJ aprova relatório para barrar denúncia contra Temer, Padilha e Moreira Franco

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, no início da noite desta quarta-feira (18), o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), um dos principais aliados do presidente Michel Temer (PMDB) no PSDB da Câmara. Foram 39 votos a favor do relatório do tucano (26 contra e uma abstenção) para barrar a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o peemedebista, que já teve investigação por corrupção passiva suspensa na Casa em 2 de agosto.

O deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara, previa um placar de cerca de 45 votos a favor do relatório de Andrada pouco antes do encerramento da discussão, por volta das 15h30. A oposição, por outro lado, lembra que a tropa de choque de Temer atuou novamente para trocar membros na CCJ e, assim, garantir uma maioria artificial. Os oposicionistas acusam também o governo de negociar cargos e liberar dinheiro do orçamento para construir o resultado na comissão.

Agora, a CCJ deve encaminhar o relatório aprovado na CCJ para o plenário da Câmara, onde deve ser levado a nova deliberação. Para que a denúncia seja arquivada até o fim do mandato de Temer, o governo precisa de ao menos 172 votos. A previsão é que a votação aconteça na próxima terça-feira (24).

Na primeira denúncia, foram 263 votos a favor de Temer, placar que o governo e sua base se esforçam para manter, como forma de manter um mínimo de governabilidade nos próximos meses. A principal aspiração do Palácio do Planalto, a cada dia mais dificultada pela crise política, é aprovar a reforma da Previdência.

A maior parte dos deputados que se pronunciaram fizeram duros discursos contra o relatório. As falas, contudo, não retrataram a votação uma vez que boa parte dos deputados governistas abriu mão do tempo para dar celeridade à tramitação. Foram mais de 15 horas de debates na CCJ entre terça (17) e quarta (18).

Crédito: Isabella Macedo/Congresso em Foco – disponível na internet 19/10/2017

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