Os dados são da pesquisa Sondagem de Expectativa do Consumidor, divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Para a coordenadora do trabalho, a economista Viviane Seda Bittencourt, em novembro os consumidores avaliaram melhor a situação atual e as perspectivas futuras.
Em consequência, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,3 ponto, a quarta elevação mensal consecutiva, atingindo 74,5 pontos, o maior nível desde de junho de 2015, que teve 74,9 pontos; enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu de 4,2 para 96 pontos, nivel mais mais alto desde de abril de 2014, que chegou a 99,9 pontos.
“Com inflação e juros em queda e melhores perspectivas para o emprego, o consumidor brasileiro avalia mais favoravelmente a tendência das finanças familiares e esboça maior ímpeto para compras de duráveis nos próximos meses”, afirmou Viviane.
Para a coordenadora, o resultado é ainda heterogêneo entre as faixas de renda. “Os mais otimistas, por enquanto, são os consumidores de maior poder aquisitivo, que já estão com o orçamento doméstico mais equilibrado.”
Os resultados da pesquisa mostram que o indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual ficou relativamente estável ao variar 0,5 ponto. O mesmo ocorre em relação às perspectivas sobre a situação econômica nos próximos seis meses, que, em novembro, recuou 0,3 ponto.
Situação financeira das famílias
A Sondagem de Expectativa do Consumidor constatou melhora da percepção dos consumidores com relação à situação financeira da família, com o indicador que mede a satisfação dos consumidores no momento, subindo 1,9 pontos, para 69 pontos.
Com relação ao futuro, o indicador que mede o otimismo em relação as finanças familiares teve alta de 1 ponto, para 93 pontos, o maior desde os 96,4 pontos de outubro de 2014.
Na avaliação dos economistas do Ibre/FGV, o destaque desse mês vem através do Indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis, que após cinco meses em queda , cresceu 11,1 pontos, para 82,4 pontos, o maior nível desde os 87,2 pontos de novembro de 2014.
Em novembro, a confiança avançou em três das quatro faixas de renda pesquisadas, com a maior alta sendo registrada junto às famílias com renda acima de R$ 9,6 mil, motivada pela melhora das expectativas para o futuro próximo. Já o nível de confiança das famílias com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil recuou 0,6 ponto.
A edição de novembro de 2017 coletou informações de 1907 domicílios entre os dias 1 e 23 de novembro. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 22 de dezembro de 2017.
Agência Brasil de Notícias 29/11/2017