MP acena negativamente à pauta reivindicatória e confirma “carreirão”; categoria deve intensificar movimento unificado

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O primeiro encontro entre as representações do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) com o secretário de Gestão de Pessoas, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Augusto Chiba, na última sexta-feira, 2 de março, terminou sem perspectivas alvissareiras quanto às demandas levadas à mesa pelo funcionalismo. Muito pelo contrário, na verdade. De certo, apenas a persistência da escalada de precarização sobre a categoria.

O risco de RH e a defasagem remuneratória, que acometem em grande escala a Administração Pública Federal, tende a se perpetuar no que depender do governo. Segundo Chiba, apenas 20% dos pedidos de concurso para suprimento de cargos vagos foram autorizados. Quanto à política salarial, frente às consecutivas perdas inflacionárias, o representante do Executivo acenou negativamente a qualquer pleito do funcionalismo. Além da ausência de providências que atenuem o desmanche dos serviços público em curso, a falta de cumprimento de parte dos acordos firmados com a classe também foi jogada na conta do momento fiscal pelo qual passa o país.

Conforme noticiado na imprensa e repercutido na edição 40 do Apito Brasil, na última semana, o secretário confirmou que a proposta que cria um “carreirão”, rebaixa salários iniciais e eleva a quantidade de níveis para progressão funcional de centenas de carreiras já está sob análise da Casa Civil. Os interlocutores de Fonacate e Fonasefe tacharam a medida de “retrocesso”, não pouparam críticas à falta de diálogo do Planejamento com os servidores e, desde já, anunciaram o levante contra o projeto durante a tramitação no Legislativo. Discussão sobre o assunto e possíveis estratégias de enfrentamento estarão em pauta durante assembleia das afiliadas ao Fonacate, marcada para esta terça-feira, 6.

Após o encontro com o representante do MP, o clima entre as entidades sindicais é de apreensão. Apesar do restabelecimento dos diálogos com o governo, 2018 apresenta uma série de desafios, que só serão superados sob forte mobilização unificada. Fique atento. Juntos somos mais fortes!

SINAL – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central – 06/03/2018

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