Dyogo está com um pé na presidência do BNDES

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 Pelo desenho definido hoje no Palácio do Planalto, Dyogo Oliveira deve trocar o Ministério do Planejamento pela presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dyogo já foi consultado, mas ainda resiste em aceitar a mudança. Há, porém, um problema a definir: quem o sucederá no Planejamento.

Esse é o grande nó que Temer terá que desatar. Desde que o nome de Dyogo foi aventado para o BNDES e o de Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Fiscal do Ministério da Fazenda, para o comando do Planejamento, um tiroteio explodiu entre os dois.

Defensores de Dyogo que não querem Mansueto no Planejamento estão atacando o secretário de Henrique Meirelles. Alegam que seria dar poder demais ao atual ministro da Fazenda, que vai deixar o cargo para concorrer à Presidência da República. Meirelles emplacaria seu sucessor na Fazenda, Eduardo Guardia, atual secretário executivo, e Mansueto no Planejamento.

Foto: Marcelo Camargo/abr

Um defensor de Dyogo garante que Mansueto não é o técnico excelente que todos apregoam. “Logo que assumiu uma secretaria na Fazenda, foi apresentada a Mansueto uma proposta para a venda da Lotex como forma de ajudar no ajuste fiscal. Cabia a secretaria de Mansueto cuidar da privatização dos jogos eletrônicos. O queridinho do mercado disse, à época, que não era possível fazer ajuste fiscal com loteria, mas tomou gosto pela pauta depois que lhe foi cuidadosamente explicado. Mas, passados quase dois anos, Mansueto ainda não conseguiu vender a Lotex”, diz.

O senador Romero Jucá (MDB-RR) também não quer Mansueto no Planejamento. Ali, alega, é território dele. Não por acaso, ele defende que, no caso de Dyogo ir para o BNDES, em substituição a Paulo Rabello de Castro, que também será candidato à Presidência da República, o comando do Planejamento seja dado ao atual secretario executivo, Esteves Golnago.

O presidente Michel Temer diz que ainda precisa ouvir mais interlocutores para fechar a dança das cadeiras na equipe econômica. Quer selar uma equipe que não provoque estresse no mercado financeiro. O Planalto, inclusive, já recebeu sinais de investidores de que não é o momento de se criar tensões em relação à política econômica.

Crédito: Blog do Vicente/Correio Braziliense – disponível na internet 27/03/2018

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