Desde o início da crise, triplicou o número de pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de buscar uma vaga por acharem que não vão conseguir. O contingente de brasileiros na condição de desalento chegou a 4,6 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2018, ante 1,57 milhão no primeiro trimestre de 2014. Esse grupo nunca foi tão grande, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) começou a ser realizada, em 2012.
Desde o início da crise, triplicou o número de pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de buscar uma vaga por acharem que não vão conseguir. O contingente de brasileiros na condição de desalento chegou a 4,6 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2018, ante 1,57 milhão no primeiro trimestre de 2014. Esse grupo nunca foi tão grande, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) começou a ser realizada, em 2012
O fenômeno de desalento é comum em períodos de longa crise econômica, quando a longa e infrutífera busca por trabalho provoca desânimo nas pessoas. O desalentado é aquele que deixou de procurar trabalho porque não conseguia uma vaga adequada ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou muito idoso ou não tinha trabalho na localidade que residia.
Como o desemprego é a relação entre as pessoas que buscam emprego e o total da força de trabalho, o desalento acaba, muitas vezes, ajudando na redução da taxa, ainda que não tenha havido melhora do mercado de trabalho. E essa influência ocorreu no primeiro trimestre deste ano, segundo o gerente de Coordenação de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Ele diz que a taxa de desemprego do país só caiu no primeiro trimestre do ano, para 13,1%, em relação ao mesmo período do ano passado (13,7%), por conta do aumento do desalento e de um maiior número de pessoas subocupadas, ou seja, que tinham uma jornada de trabalho reduzida (inferior a 40 horas), mas desejava trabalhar por mais horas.
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Crédito: Daiane Costa/ O Globo – disponível na internet 18/05/2018