Eleições 2018: Bolsonaro tem 32% e mantém liderança da corrida presidencial, Haddad soma 23%, diz Ibope

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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, se mantém à frente da corrida presidencial e agora soma 32 por cento das intenções de voto, de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, que apontou o candidato do PT, Fernando Haddad, com 23 por cento.

No levantamento anterior do instituto, divulgado na segunda-feira, Bolsonaro aparecia com 31 por cento, enquanto Haddad somava 21 por cento.

O levantamento desta quarta, divulgado a quatro dias do primeiro turno da eleição, mostrou ainda Ciro Gomes (PDT) com 10 por cento —eram 11 por cento na segunda—, Geraldo Alckmin (PSDB) soma 7 por cento —8 por cento na anterior— e Marina Silva aparece com os mesmos 4 por cento anteriores.

João Amoêdo (Novo) soma 2 por cento —3 por cento na anterior—, Henrique Meirelles (MDB) manteve os mesmos 2 por cento da pesquisa de segunda. Alvaro Dias (Podemos) soma 1 por cento —2 por cento na segunda— e Cabo Daciolo (Patriota) manteve 1 por cento.

Brancos e nulos somam 11 por cento, contra 12 por cento na segunda-feira, e o percentual dos que não sabem ou não responderam soma 6 por cento, ante 5 por cento.

Nos votos válidos, Bolsonaro manteve os mesmos 38 por cento da pesquisa anterior e Haddad somou 28 por cento —ante 25 por cento.

Os votos válidos descartam os votos brancos e nulos e são usados pela Justiça Eleitoral na contabilização oficial. Para um candidato vencer a eleição já no primeiro turno ele precisa ter a metade mais um dos votos válidos.

SEGUNDO TURNO E REJEIÇÃO

Os candidatos Jair Bolsonaro, Fernando Haddad, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva Foto: Montagem sobre fotos de arquivo do O Globo

Na simulação de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o petista teria 43 por cento dos votos, contra 41 por cento do candidato do PSL. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, os dois estão em empate técnico.

No levantamento anterior, os dois estavam empatados em 42 por cento.

Em outras simulações de segundo turno, Bolsonaro é derrotado por Ciro —46 a 39 por cento—, perde numericamente para Alckmin, mas em empate técnico dentro da margem de erro —41 a 40 por cento— e vence Marina numericamente, mas em empate técnico no limite da margem de erro —43 a 39 por cento.

De acordo com o Ibope, Bolsonaro ainda é o candidato com maior rejeição, 42 por cento, ante 44 por cento na pesquisa de segunda-feira. Haddad vem logo atrás, com uma rejeição de 37 por cento, era 38 por cento há dois dias.

Marina é rejeitada por 23 por cento agora, eram 25 por cento na segunda, enquanto Alckmin tem rejeição de 17 por cento, ante 19 por cento, e Ciro é rejeitado por 16 por cento, eram 18 por cento na pesquisa anterior.

O Ibope ouviu 3.010 pessoas em 209 municípios entre segunda e terça-feira.

Crédito: Eduardo Simões/Reuters Brasil – disponível na internet 04/10/2018P

Em transmissão, Bolsonaro faz apelo por “voto útil” para vencer no 1º turno

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, fez um apelo nesta quarta-feira para que seus simpatizantes tentem conquistar votos em favor dele, no que chamou de “voto útil” para derrotar o PT e vencer a eleição já no primeiro turno.

“Você tem como, até dentro da família, alguém que diga que vá anular o voto, que vá votar em branco, ou vá votar em outro candidato, que pratique o voto útil, vote na gente. Nós devemos resolver essa fatura no primeiro turno para não termos o desgaste no segundo turno”, disse o candidato em transmissão ao vivo no Facebook.

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta mostrou Bolsonaro com 38 por cento dos votos válidos, que excluem votos brancos e nulos. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50 por cento dos votos válidos mais um.

Bolsonaro, que recebeu alta hospitalar no sábado, 23 dias depois de ser esfaqueado em ato de campanha, tem feito nesta semana transmissões ao vivo de sua casa, no Rio de Janeiro. Ele não comparecerá ao debate da TV Globo na quinta-feira, o último antes da eleição, por recomendação médica.

QUESTÃO IDEOLÓGICA

Na transmissão, o presidenciável fez críticas ao PT e a governos de esquerda, citando Cuba e Venezuela.

“Eu sempre digo: tem algo mais grave que a corrupção, é a questão ideológica. Se uma pessoa um dia rouba a sua carteira, você pode recuperar aquele valor lá na frente, mas se rouba a sua liberdade, sabe-se lá quando você restabelecerá a sua liberdade”, disse.

“Olha o que acontece com Cuba. Desde 59 (revolução cubana) o pobre povo cubano perdeu a sua liberdade… Na Venezuela eles vergaram as suas Forças Armadas, eles submeteram ao poder político central, por isso a Venezuela chegou onde está no momento, onde o ser humano come rato. Não se tem liberdade para nada”, acrescentou.

Crédito: Tatiana Ramil/Reuters Brasil – disponível na internet 04/10/2018

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