Bancada sindical diminui; terá que ser mais aguerrida

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Brasília - Deputados de partidos de oposição ao governo tentam adiar a votação em plenário do projeto de lei (6787/16), que trata da reforma trabalhista (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Na legislatura (2019-2023), que vai se iniciar em 1º de fevereiro de 2019, os trabalhadores terão menos defensores que na legislatura que se encaminha para seu encerramento. Neste levantamento preliminar, o DIAP identificou que a bancada sindical terá apenas 33 representantes na Câmara Federal. A bancada perdeu 18 representantes em relação à eleição de 2014.

Dos 33 representantes27 são reeleitos e apenas 6 são novos. O partido com mais membros na bancada é o PT, com 18; seguido pelo PCdoB, com 4; PSB, com 3; e PDT, Pode, PR, PSL, PSol e SDD, com 1 integrante cada.

A bancada sindical teve drástica redução em 2014, quando caiu de 83 para 51 membros.

Papel da bancada sindical
A bancada sindical tem a função principal de dar sustentação e fazer a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, aposentados e servidores públicos no Congresso Nacional, além de intermediar demandas e mediar conflitos com o governo e/ou empregadores. Por isso, sua redução é preocupante, uma vez que seu papel vai além das fronteiras parlamentares.

Não foram reeleitos
Os membros da bancada sindical eleitos ou reeleitos em 2014, que não voltarão em 2019 são:

1) Sibá Machado (PT-AC), não foi reeleito;

2) Bebeto (PSB-BA), 1º suplente do senador eleito Jaques Wagner (PT-BA);

3) Moema Gramacho (PT-BA), eleita prefeita de Lauro de Freitas, em 2016;

4) Cabo Sabino (Avante-CE), não foi reeleito;

5) Chico Lopes (PCdoB-CE), não foi reeleito;

6) Augusto Carvalho (SD-DF), não foi reeleito;

7) Julião Amin (PDT-MA), não foi reeleito;

8) Zeca do PT (PT-MS), não foi reeleito;

9) Adelmo Leão (PT-MG), não foi reeleito;

10) Zé Geraldo (PT-PA), foi candidato ao Senado e não foi eleito;

11) Assis do Couto (PDT-PR), não foi reeleito;

12) Chico Alencar (PSol-RJ), foi candidato ao Senado e não foi eleito;

13) Luiz Sérgio (PT-RJ), não foi reeleito;

14) José Stédile (PSB-RS), não foi reeleito;

15) Marco Maia (PT-RS), não foi reeleito;

16) Pepe Vargas (PT-RS), foi candidato a deputado estadual e foi eleito;

17) Décio Lima (PT-SC), não foi reeleito; e

18) Valmir Prascidelli (PT-SP), não foi reeleito.

Senado Federal
Na Casa, a bancada dos trabalhadores sofreu revés maior ainda. Dos 9 representantes que a bancada possui nesta legislatura, apenas os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Paulo Paim (PT-RS) conseguiram renovar os respectivos mandatos. Juntam-se à bancada, eleitos em 2018, Jaques Wagner (PT-BA) e Major Olímpio (PSL-SP) e Paulo Rocha (PT-PA), cujo mandato vai até 2023. Os outros 6 que não retornam ao Senado Federal são:

1) Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), não foi reeleita;

2) Walter Pinheiro (Sem Partido-BA), não foi candidato a nenhum cargo;

3) José Pimentel (PT-CE), não foi candidato à reeleição;

4) Hélio José (PSD-DF), candidatou-se a deputado federal e não foi eleito;

5) Regina Souza (PT-PI), foi eleita, em 1º turno, vice-governadora de estado; e

6) Fátima Bezerra (PT-RN), candidata ao governo de estado e disputa o 2º turno.

*Informações atualizadas às 15h, desta segunda-feira, 15 de outubro. A assessoria do PRB pediu para retirar os nomes dos deputados João Campos (PRB-GO), delegado de polícia civil; e Roberto Alves (PRB-SP), metalúrgico, embora estes parlamentares tenham sido identificados historicamente com as demandas de suas respectivas corporações. 

Agência DIAP – 12/11/2108

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