Paulo Guedes deve anunciar últimos nomes de sua equipe nesta quinta

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O desenho da equipe econômica de Jair Bolsonaro pode ser finalizado nesta quinta-feira. O economista Marcos Cintra, presidente da Finep, deve ser confirmado como o responsável pela área tributária no novo governo. Para a Previdência, o mais cotado é o economista Leonardo Rolim, consultor da Câmara e um dos autores de um projeto de reforma entregue ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Outro nome que promete ser confirmado é o de Waldery Rodrigues Júnior para a secretaria de Fazenda. Atualmente, ele é coordenador-geral de assuntos especiais do Ministério da Fazenda.

O futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, define nomes para sua equipe Foto: Jorge William / Agência O Globo

O formato só não foi definido porque há dúvidas sobre alguns detalhes. Cintra, por exemplo, comandará uma “parte importante” no futuro governo, mas não se sabe se será secretário da Receita ou assumirá uma secretaria que responderá pela arrecadação e pela Previdência.

O mesmo ocorre com Waldery, que está na equipe de transição. Ele assumiria a Fazenda, caso se confirme a permanência do atual secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, no posto. A Secretaria de Fazenda abrangeria Tesouro e outras áreas, sendo responsável pelo ajuste fiscal.

Carlos da Costa – Imagem Estadão Conteúdo

Ao todo, serão seis secretarias sob o novo ministério. Os nomes a serem confirmados se juntarão a Salim Mattar, futuro secretário de Privatizações, e a Carlos da Costa, ex-diretor do BNDES, que já foi confirmado na equipe e deve assumir a área de Produtividade e Trabalho, tema que tem coordenado na transição.

Se a indicação de Rolim se confirmar, deve ganhar força a proposta de reforma da Previdência que o economista ajudou a escrever, em trabalho coordenado pelo economista Paulo Tafner e apresentado a Guedes pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga.

Tafner e Rolim se reuniram há cerca de duas semanas com a equipe de transição para apresentar o projeto, que prevê idade mínima de 65 anos e uma transição gradual para o regime de capitalização, em que cada trabalhador é responsável por contribuir para uma conta individual — sistema diferente do atual, no qual quem está na ativa contribui para quem já está aposentado.

A proposta de reforma da Previdência, no entanto, pode sofrer alterações, já que mais técnicos devem fazer contribuições, como os irmãos Abraham e Arthur Weintraub, professores da Unifesp e especialistas em Previdência, que também integram a equipe de transição. Os dois especialistas, no entanto, não participaram da reunião entre Tafner e a futura equipe econômica.

Crédito: Marcello Corrêa e Manoel Ventura/O Globo – disponível na internet 29/11/2018

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