Depoimentos sobre a IV Oficina de Lucro Social

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Vice-presidente da FenaPRF: IV Oficina de Lucro Social quantifica produção da categoria

“Consolidar o trabalho que a categoria realiza e quantificar o que produzimos como, apreensão de drogas, armas e munições; redução de acidentes e o combate ao crime ambiental”. É o que o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Dovercino Borges Neto, espera da parceria com o Asmetro-SN, na  realização da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público.

Com três dias de duração, o evento começou quinta-feira (13) e termina neste sábado (15), no Villa Velluti Hotel, em Brasília, reunindo cerca de 35 representantes de 12 Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais em todo o país, do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Inmetro.

O vice-presidente da FenaPRF lembrou que pesquisa recente apontou que a categoria tem a confiança de 85% da sociedade brasileira. “Precisamos de uma forma técnica, com números auditáveis, traduzir tudo isso para apresentar ao governo e a sociedade”.

Dessa forma, ele acredita que será possível a sociedade conhecer, de forma inconteste, o trabalho dos policiais rodoviários federais. “Para isso, estamos investindo na realização da oficina do lucro social, fundamental para que posamos fazer a leitura desses números e dar credibilidade para que possamos falar com autoridade sobre o que produzimos”.

“Estamos muito felizes com a parceria com o Asmetro-SN, entidade séria, respeitada, uma referência. Por isso estamos gratos pela disponibilidade e parceria”, finalizou.

Mulher PRF: oficina oferece vastidão de vantagens

Grávida de nove meses, formada em Direito, a policial rodoviária federal, Stefani Juliana Vogel, 32 anos, preferiu deixar o conforto de sua casa, para participar da IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público.

“Apesar do avançado estado de gravidez, a proposta de aprender sobre essa ferramenta de negociação e transparência é muito relevante para o Órgão; por isso não quis perder a oportunidade. Estou bastante impressionada com a vastidão de vantagens que o levantamento do lucro social oferece”, comentou Stefani.

Atualmente ela trabalha na Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal. Natural de Santa Catarina, onde trabalhava  como Procuradora da Câmara de Vereadores no município de Indaial, daquele estado, a sua história profissional na PRF tem estrada: começou em 2016, quando Stefani foi convocada para o curso de formação realizado em Florianópolis.

“Como a atividade burocrática de escritório havia me estafado, resolvi aceitar a proposta de uma nova vida sem rotina e com muita adrenalina que a PRF me oferecia. Ao entrar no curso de formação, após um mês e meio comecei a me relacionar com meu colega de sala, natural de Brasília e hoje meu marido”. O amor falou mais forte. Faltando um mês para terminar o curso e tendo apenas algumas poucas semanas de relacionamento, o casal  abriu mão das classificações para a realização do sonho de serem lotados juntos. “Fomos, assim, colocados ao final da fila da classificação e enviados para atuar no interior de Rondônia”, relatou Stefani.

Um ano e meio após essa experiência de trabalho operacional de muito aprendizado, conforme contou, ela recebeu proposta para trabalhar na sede da Instituição em Brasília, para onde o marido também foi transferido. A combinação de coragem e determinação, mostra que tudo valeu à pena, avalia Stefani, única mulher da PRF na oficina.

Hoje, no meu nono mês de gestação estou presente na IV Oficina de Lucro Social promovida pela FenaPRF e pelo Asmetro. “Estou aprendendo muito. Apesar do avançado estado de gravidez, a proposta de aprender sobre essa ferramenta de negociação e transparência é muito relevante para todos nós. Eu não podia perder essa oportunidade”.

Sérgio Mendonça: Poupar vidas nas estradas é o maior instrumento da Policia Rodoviária Federal

“Poder trabalhar preventivamente para poupar vidas nas estradas é o maior instrumento da polícia rodoviária federal. O ganho social é de tamanha importância que não há como ser mensurado, afinal, o que está centro da questão é o bem mais precioso: a vida”.

Essa é a avaliação do economista Sérgio Mendonça, ex-secretário de Recursos Humanos e de Relações do Trabalho, do Ministério do Planejamento, um dos palestrantes na quinta-feira (13), da IV Oficina realizada pelo Asmetro SN, para a FenaPRF. Ele falou sobre o tema “lucro social como potencial impacto em negociações sindicais”.

O economista considera muito positiva a parceria da FenaPRF com o Asmetro-SN, no aprendizado e domínio das técnicas e dos conceitos do lucro social, elementos fundamentais para serem colocados à mesa com os patrões, no caso, o governo federal, no momento da negociação.

“Esse conhecimento é relevante, porque a categoria precisa de elementos para qualificar a negociação coletiva a fim de defender os seus interesses. Quanto mais tiverem ferramentas, instrumentos e indicadores de fundamentação da pauta de reivindicação, estarão mais aptos a dialogar com os interesses mais amplos da sociedade. E a intenção do lucro social é essa”, explicou o economista.

Ele acrescentou que, no caso da policia rodoviária federal, no que se refere a sua missão específica, mas também para resultados gerais, de interesse de toda sociedade, “quanto mais indicadores de lucro social a categoria possuir, melhor será o resultado da negociação, porque ajudará a defender a sua pauta de reivindicação”.

E acrescentou: “Não estou dizendo que isso vai levar ao atendimento da pauta. Mas na hora da negociação, coloca o empregador – no caso o governo federal – a ter a necessidade de fundamentar a sua concordância com eventuais itens da pauta de reivindicação, concordância parcial ou até a uma posição negativa à pauta. Mas essa posição, seja lá qual for, requer qualificação”. Segundo ele, portanto, daí, a importância do domínio sobre as ferramentas e os indicadores do lucro social na mesa de toda negociação.

Jornalista debate a visão da população sobre o funcionalismo público

A IV Oficina de Lucro Social – Ferramenta de Negociação e Transparência no Setor Público, realizada pelo Asmetro-SN, para a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), contou com palestras sobre temas relevantes para a categoria. Na quinta-feira (13), a primeira a falar foi a jornalista Vera Batista, do Correio Braziliense, que apresentou o tema “A visão da população sobre o funcionalismo público”.

Ao colocar em debate questões que ainda hoje merecem ser repensadas – como a forma negativa que a população define esse atendimento – ela ressaltou que, o caso da PRF, com 85% de aprovação da sociedade, é uma exceção. “Mas pesquisas mostram que, em geral, a sociedade vive insatisfeita com o atendimento que recebe das instituições públicas”, comentou.

Pesquisas e a própria população, reiteram a necessidade de o setor público reduzir o tempo de espera no atendimento às pessoas, observou a jornalista. Segundo ela, o contato diário com a população e a falta de retorno às solicitações de informações, muitas vezes básicas, elementares para a produção de uma reportagem, retratam essa postura, que resulta na visão desfavorável à imagem do setor púbico.

“Percebemos que é preciso aprimorar o atendimento ao usuário, aumentando a eficiência na prestação de serviço, para gerar satisfação na população. Reconhecemos que nem todos os setores são assim, mas em geral os servidores não são bem informados. Vimos que a polícia  rodoviária federal é muito bem avaliada. O interesse em participar da oficina é um ponto muito positivo”, comentou a jornalista.

Créditos : Imagens  Sergio Vinícius da FenaPRF e matéria da Jornalista Tania Malheiros

ASMETRO-SN 15/12/2018

 

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