Por recomendações médicas, a entrevista coletiva de quarta-feira (23) foi cancelada, pois o presidente se prepara para a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia. Na quinta-feira (24), antes de embarcar de volta para o Brasil, Bolsonaro fez um balanço positivo da participação brasileira no fórum. O presidente disse ter notado um clima de otimismo entre líderes políticos e empresários estrangeiros interessados no Brasil, que olhavam o país “com muito carinho”.
Bolsonaro fez um apelo para que o Congresso Nacional apoie o governo federal nas reformas estruturais, como a da Previdência Social, e na desestatização de empresas públicas. Ele considerou essencial a colaboração da Câmara e do Senado para dar condições ao governo de implementar as medidas anunciadas por ele durante o encontro.
Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, teve uma agenda movimentada em Davos. Além de participar de painéis oficiais e de almoços e jantares de negócios, ele teve uma série de encontros paralelos com ministros estrangeiros, presidentes e diretores de organismos internacionais e com dirigentes de empresas.
Na terça-feira, Guedes reuniu-se com ministros dos Países Baixos e de Israel. Na quarta, concedeu entrevista à emissora de televisão Bloomberg, na qual comprometeu-se em zerar o déficit orçamentário ainda este ano por meio da reforma da Previdência, de privatizações de subsidiárias de grandes estatais e de concessões de petróleo na camada pré-sal.
No mesmo dia, Guedes encontrou-se com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno; com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, e com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo. Na quinta-feira, último dia de compromissos da delegação brasileira, o ministro reuniu-secom o vice-primeiro-ministro de Cingapura.
Guedes informou ainda que o Brasil pretende dobrar os investimentos (públicos e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação nos próximos quatro anos e a corrente de comércio – soma de importações e exportações – de 22% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). De acordo com o ministro, a abertura comercial ocorreria de forma gradual, para não prejudicar a indústria nacional.
Banco do Brasil
O Fórum Econômico Mundial também representou um reconhecimento para o Banco do Brasil, considerado a instituição financeira mais sustentável do mundo. O banco ficou em 8º lugar entre as dez corporações mais ecologicamente sustentáveis do planeta, sendo a única empresa do setor financeiro a integrar o ranking Global 100 de 2019.
Agencia Brasil de notícias 28/01/2019