Em nota distribuída na noite de sábado, a empresa informa que recebeu Conselho recebeu de Schvartsman e dos diretores de Ferrosos e Carvão, Gerd Peter Poppinga, de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão, Lucio Flavio Gallon Cavalli, e de Operações do Corredor Sudeste, Silmar Magalhães Silva os pedidos de afastamento temporário de suas funções, que foram imediatamente aceitos.
Claudio de Oliveira Alves, atual Diretor de Pelotização e Manganês, ocupará interinamente a função de Diretor-Executivo de Ferrosos e Carvão e Mark Travers, atual Diretor Jurídico, de Relações Institucionais e Sustentabilidade de Metais Básicos, será o diretor interino de Metais Básicos.
Em nota, o MP informou ainda o pedido de afastamento de outras 10 pessoas, entre gerentes executivos. geólogos e engenheiros da empresa.
“A recomendação, que foi entregue na noite da última sexta-feira a advogados do Conselho de Administração da VALE
S.A., teve por base as evidências obtidas até o momento sobre o envolvimento das pessoas indicadas em fatos relacionados ao rompimento da barragem B1, em 25 de janeiro de 2019, que resultou na morte de centenas de pessoas, além de graves danos econômicos, sociais e ambientais, ainda não mensurados em toda a sua extensão”, diz a nota.
Os procuradores pedem ainda que os afastados sejam impedidos de entrar nas dependências da empresa e que os demais funcionários não compartilhem com eles informações profissionais.
Uma barragem de rejeitos da mina de minério de ferro Córrego do Feijão, da Vale, rompeu-se em Brumadinho (MG) em 25 de janeiro, liberando uma onda de resíduos de beneficiamento que soterrou trabalhadores e moradores locais.
O desastre deixou pelo menos 182 mortos confirmados e mais de 100 desaparecidos.
A Vale ainda não apontou motivos para o desastre socioambiental. Autoridades ainda investigam o que pode ter causado o acidente.
Crédito: Lisandra Paraguassu/Reuters Brasil – disponível na internet 04/03/2019
Presidente da Vale se afasta temporariamente
Fabio Schvartsman e três outros diretores da empresa se afastam após força-tarefa que investiga tragédia de Brumadinho recomendar saída temporária do executivo e de outros 13 empregados da mineradora.
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou neste sábado (02/02) seu afastamento temporário do comando da empresa. O conselho de administração da companhia aprovou a medida.
A decisão foi tomada após a força-tarefa que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) ter recomendado o afastamento do executivo e de outros 13 empregados da mineradora.
Schvartsman afirma estar pedindo o afastamento temporário das suas funções “em benefício da continuidade das operações da companhia e do apoio às vítimas e a suas famílias”, em carta enviada ao Conselho de Administração da Vale. No texto, ele argumenta que tomou a decisão “com a absoluta convicção da retidão” e “do dever cumprido até aqui”.
A Vale anunciou que Eduardo de Salles Bartolomeo, atual diretor-executivo de metais básicos da mineradora, assume o cargo de diretor-presidente interino, no lugar de Schvartsman.
Além de Schvartsman, também se afastaram temporariamente outros três diretores: Peter Poppinga, diretor-executivo de ferrosos e carvão, Lucio Flávio Gallon Cavalli, diretor de planejamento e desenvolvimento de ferrosos e carvão, e Silmar Magalhães Silva, diretor de operações do corredor sudeste.
Em nota, a Vale afirma que os próprios diretores enviaram pedidos de afastamento temporário de suas funções, que foram aceitos pela companhia. No comunicado, a empresa Vale já nomeia os substitutos.
Claudio de Oliveira Alves, atual diretor de pelotização e manganês, ocupará interinamente a função de diretor-executivo de ferrosos e carvão no lugar de Poppinga. Mark Travers, atual diretor jurídico, de relações institucionais e sustentabilidade de metais básicos, fica sendo interinamente o diretor-executivo de metais básicos, ocupando a vaga deixada pela transferência de Bartolomeo à presidência.
O conselho de administração da companhia recebera nesta sexta-feira um documento assinado por integrantes da força-tarefa que investiga a tragédia – composta por membros do Ministério Público Federal, do Ministério Público de Minas Gerais, da Polícia Federal e da Polícia Civil de Minas – recomendando o afastamento de Schvartsman e outros 13 profissionais da empresa durante o andamento das investigações sobre o rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho, no dia 25 de janeiro. A tragédia deixou 186 mortos e 122 desaparecidos.
No texto, a força-tarefa pede também que Schvartsman e mais oito dos investigados “sejam proibidos de entrar em prédios ou instalações da mineradora” e que os funcionários da Vale não compartilhem assuntos de “teor estritamente profissional” com os investigados.
Crédito: Deutsche Welle Brasil – disponível na internet 04/03/2019