Para a OCDE, a implementação bem sucedida da agenda de reformas do novo governo, particularmente a reforma previdenciária, continua sendo fundamental para uma retomada mais forte do crescimento.
Em 2018, o PIB fechou com crescimento acumulado de 1,1% em relação ao ano anterior. O PIB também fechou 2017 com expansão de 1,1%, mas nos dois anos anteriores registrou queda: 3,3% em 2016 e 3,5% em 2015.
A projeção da OCDE está abaixo da expectativa do mercado brasileiro. De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, a estimativa para a expansão do PIB é de 2,48% para este ano e 2,65% para 2020.
PIB mundial
De acordo com a OCDE, a economia mundial também continua perdendo força, por isso houve redução da estimativa de crescimento para 3,3% em 2019 e 3,4% no próximo ano. Em novembro, a organização previa expansão de 3,5% tanto neste ano quanto em 2020.
As perspectivas econômicas são mais fracas em quase todos os países do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), em especial na zona do euro, nomeadamente a Alemanha e a Itália, bem como para o Reino Unido, o Canadá e a Turquia.
A OCDE identifica a desaceleração chinesa e europeia, bem como o enfraquecimento do comércio global, como os principais fatores que pesam sobre a economia mundial.
Impactos
“Vulnerabilidades oriundas da China e enfraquecimento da economia europeia, combinadas com uma desaceleração do comércio e da indústria global, alta incerteza política e riscos nos mercados financeiros, poderiam minar o crescimento forte e sustentável no médio prazo em todo o mundo”, diz a entidade.
A entidade alerta ainda que novas restrições comerciais e incerteza políticas podem trazer efeitos adversos adicionais ao crescimento global.
A recomendação da OCDE é que os bancos centrais continuem apoiando suas economias e garantindo que as taxas de juros de longo prazo permaneçam baixas, mas ressalta que a política monetária sozinha não pode resolver a crise na Europa ou melhorar as perspectivas modestas de crescimento a médio prazo.
“Um novo estímulo fiscal coordenado em países europeus com baixo endividamento, juntamente com reformas estruturais renovadas em todos os países da área do euro, impulsionariam uma recuperação do crescimento, a produtividade e estimulariam o crescimento dos salários a médio prazo”.