
“Os políticos têm de assumir as suas responsabilidades, as suas atribuições e os seus recursos”, disse o chefe da pasta. “Os deputados vão entender que, em vez de discutir R$ 15 milhões ou R$ 5 milhões de emendas, vão discutir R$ 1,5 trilhão de orçamento da União, mais os orçamentos dos municípios e dos Estados”, completou. Segundo o ministro, a aprovação da PEC deve ser feita de forma urgente e não deve interromper o trâmite de aprovação da reforma da previdência.
Para Guedes, os congressistas têm o direto de exigir participação nos orçamentos. “Queremos devolver o protagonismo orçamentário da classe política. O que não é normal é o parlamentar falar “me dá um cargo aí porque quero pegar um dinheiro para mim”. Agora, pedir dinheiro para educação, para fazer saneamento, esgoto nas comunidades, é absolutamente normal”, explicou ao Estado de S. Paulo.
O economista reduziu o pacto federativo a “representantes do povo reassumindo o controle orçamentário”. “Os políticos têm de assumir as suas responsabilidades, as suas atribuições e os seus recursos”, continuou. Durante entrevista, Guedes repetiu, em diferentes ocasiões, seu interesse nas privatizações. Em suas metas de governo, ele afirmou que o BNDES pretende “despedalar” e ir para uma atuação qualitativa, auxiliando, também o Programa de Parcerias de Investimento (PPI).
Ainda sobre as ações de governo, a primeira decisão a tomar, segundo é ministro, “é assegurar todas as aposentadorias dos pobres, que iriam acabar com esse regime de privilégios”. Com isso resolvido, a pretensão do governo é de “dar um choque de emprego no País”. “É tanta coisa boa que tem que fico com pena do Brasil de ficar discutindo sexo dos anjos, ser tão pequenininho”, ironizou Guedes, ao falar sobre os planos do governo.
Crédito: Natália Lázaro/Metrópole – disponível na internet 11/03/2019